Suntory mantém a classe japonesa

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Suntory continua sendo um grande restaurante em todos os sentidos. Ele já teve maior destaque numa época em que eram relativamente poucos os restaurantes japoneses em São Paulo. Hoje, continua realmente muito bom, mas perdeu naturalmente um pouco de espaço numa cidade onde a cozinha japonesa é uma das mais populares e, certamente, a que mais cresce. A cada dia surge um novo restaurante nos quatro cantos da cidade. O Suntory, como o nome indica, é controlado por uma grande multinacional de bebidas e tem filiais em 11 grandes cidades, como Tóquio, Cidade do México e Paris. Um dos poucos de São Paulo construído especialmente para ser um restaurante, sem improvisações e adaptações. A sua imponente fachada, que lembra um pagode, chama a atenção e o ambiente solene da entrada já deixa bem claro que se trata de uma casa de classe. No bar do térreo, a vista para um delicioso jardim japonês, com árvores anãs, água corrente e muita pedra branca é gostosa e relaxante. Ainda no térreo, o sushi bar. No andar de cima, as salas especializadas para se preparar à mesa os grelhados na chapa e também os pratos cozidos na hora, como yosenabe e sukiyaki. O Suntory enriqueceu a culinária japonesa com os chefs que trouxe para São Paulo, alguns dos quais continuam em outras casas. Atualmente, o chef já não é mais japonês, mas o nível se mantém alto. As moças que servem as mesas continuam usando quimonos caprichados e são simpáticas e capazes. Recentemente, o Suntory lançou um cardápio novo (imenso, com incursões nos ramos mais divulgados da culinária japonesa) e alguns novos cerimoniais, como os grelhados preparados em imitações de capacetes de samurai ? shogun-yaki. A cozinha continua excelente mesmo, mas os combinados não são propriamente fartos. O combinado kaede é uma boa pedida, composto por um dobin mushi (consomê delicado de frango e camarão), sashimi misto (pequeno, mas realmente de primeira), tempura misto (muito bem-feito), um sukiyaki (tiras de carne bem gorda e vegetais cozidos num molho de soja com saquê meio doce) e o missoshiro (a sopa à base de soja). Ele custa R$ 72. Quem quiser, pode substituir o sukiyaki por um shabu-shabui (ensopado de frutos do mar) ou shogun yaki (o grelhado de picanha no capacete de samurai). A "degustação" do chef é mesmo condensada, pode decepcionar quem tem bom apetite (R$ 54). Nessa combinação estão: sashimi, misto, sushi misto, califórnia maki, tempura de lula (a fritura empanada, espetacular), espetinho de atum com legumes, shimeji assado (ótimo) e camarão gratinado com creme de tofu. Tudo muito bom, mas em porções pequenas. Os sushis e sashimis são mesmo ótimos, entre os quais o de salmão (firme, quase doce), atum (bem gordo mesmo) e linguado (firme, saboroso). O combinado especial sushi e sashimi custa R$ 52 (cinco unidades de sushis, quatro unidades de sushis envoltos na alga e nove fatias de peixe cru); o sashimi misto sai por R$ 36 e o sushi misto custa R$ 43,20 O Suntory é uma exceção entre os japoneses e propõe uma bela carta de vinhos preparada por Junya Arashi, diretor-presidente da empresa no Brasil. É verdade que alguns pratos típicos têm suas arestas com vinhos, mas são muitos os que aceitam e agradecem a companhia de uma boa garrafa dessa bebida. Os sushis e sashimis, por exemplo, ficam ótimos com champanhe e bons espumantes. A carta destaca ainda os pratos que podem combinar, na opinião do autor, com os variados pratos. Um ponto a mais para o Suntory. Suntory - Alameda Campinas, 600, Jardins. Tel.: 283-2455.

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