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Teatro do SESI-SP celebra 60 anos com produções e público mais diversos

Espaço revive uma trajetória repleta de conquistas e vislumbra um futuro ainda mais realizador e inclusivo

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Por SESI-SP e Estadão Blue Studio
4 min de leitura
Com uma ativa agenda diária, o espaço na Avenida Paulista tem como uma de suas marcas históricas a gratuidade Foto: Karim Kahn | SESI-SP

Localizado na Avenida Paulista, centro pulsante da maior cidade do Brasil, o Teatro do Serviço Social da Indústria de São Paulo (SESI-SP) revelou inúmeros talentos e faz parte da biografia de nomes consagrados das artes nacionais. Tem como uma de suas marcas históricas a gratuidade, decorrência direta dos princípios fundadores: contribuir para a educação dos brasileiros, formar novos públicos e democratizar o acesso à cultura. “São missões que continuam mais fortes do que nunca e se manifestam no esforço permanente para montarmos uma programação que contemple a diversidade do nosso país”, diz a gerente executiva de Cultura do SESI-SP, Débora Viana.

Só nos últimos dez anos, o Teatro do SESI-SP recebeu mais de 50 peças, com montagens de alta qualidade e público total acima de 2 milhões de espectadores no período. O espaço invariavelmente alcança ocupação máxima – tem 456 poltronas –, mesmo porque sempre há fila de espera para as eventuais desistências dentro do prazo de 15 minutos antes do início de cada espetáculo.

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Para acentuar a essência democrática do espaço, a seleção dos espetáculos é realizada por editais de chamamento com pareceristas externos, uma forma de abrir oportunidades para a produção cultural de todas as regiões do País. “Podemos trabalhar via convite às produções, porém, com a adoção dos editais, conseguimos ampliar os horizontes. Tanto que, nas primeiras edições, a participação ficou concentrada em artistas de São Paulo e dos Estados próximos. Mais recentemente, houve um boom de participação de outras partes do Brasil”, descreve a gerente.

Estrutura de excelência

Em sintonia com o objetivo de formar novos públicos e contribuir para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, a agenda do teatro reserva quintas e sextas-feiras para visitas de escolas, quase sempre da rede pública. O passeio se torna ainda mais rico com a passagem dos estudantes pelas demais estruturas do Centro Cultural Fiesp, conjunto do qual o teatro faz parte.

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Para boa parte desses jovens visitantes, trata-se do primeiro contato com as artes cênicas. É uma experiência que pode ser transformadora, como bem sabe a hoje diretora teatral Debora Dubois. Aos 14 anos, moradora de Santana, zona norte de São Paulo, ela pegou um metrô para passear na Avenida Paulista. Entrou no local e descobriu que haveria a apresentação gratuita da peça Apareceu a Margarida no Teatro do SESI-SP. Ficou para assistir. “Foi uma revolução na minha vida. Descobri naquele dia o caminho que eu seguiria. Vinte anos depois, estava dirigindo naquele mesmo teatro”, ela lembra.

Depois de chamar a atenção com a direção do espetáculo Cuidado: Garoto Apaixonado, em 1998, Dubois foi convidada pelo SESI para dirigir a peça Pirata na Linha – que, concebida para ficar apenas dois meses em cartaz, acabou permanecendo por oito meses, tamanho o sucesso alcançado. Era o início de uma ligação de quase 15 anos da diretora com o SESI, que envolveu várias outras obras que marcaram época, a exemplo de Lampião & Lancelote, e a coordenação de projetos de formação, como uma oficina para jovens atores e dramaturgos. “A estrutura que o SESI oferece a quem trabalha ali é fantástica, certamente comparável ao que existe no Primeiro Mundo.” Hoje, a equipe fixa do teatro é composta por 40 profissionais.

Personagens do espetáculo “A Incrível Viagem do Quintal” interagem com o público na sessão de estreia da peça, no sábado, 31 de agosto, no Teatro do SESI-SP Foto: Karim Kahn | SESI-SP

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Momentos marcantes

Quem também tem excelentes lembranças relacionadas ao Teatro do SESI-SP é o diretor Felipe Hirsch, que participou de uma série de montagens ali com a Sutil Companhia. Uma das primeiras foi Nostalgia, início da rica parceria com a cenógrafa Daniela Thomas. “O Paulo Autran foi ver Nostalgia e adorou, foi muito carinhoso comigo. Daí nasceu uma relação profunda que nos levaria a trabalhar juntos adiante”, descreve Hirsch.

Outro fruto da parceria com Daniela Thomas foi o espetáculo Temporada de Gripe, em que o cenário era desmontado na frente do público, em poucos minutos, ao final da peça. Foi também no Teatro do SESI-SP que Hirsch dirigiu a icônica peça Avenida Dropsie, sobre a obra do quadrinista norte-americano Will Eisner. “A existência de uma estrutura como o Teatro do SESI-SP nos dá a esperança de conviver com um País que de fato se concentra no seu melhor. Ali não se poupa esforços para dar o melhor a São Paulo e ao Brasil.”

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A história do Teatro do SESI-SP inclui trabalhos de outros diretores marcantes da história das artes nacionais, como Hector Babenco (Hell, 2010), Miguel Falabella (O Homem de La Mancha, 2014) e Jô Soares (Tróilo e Créssida: Uma Comédia Sinistra, 2016). Entre os atores que passaram por ali no início da carreira, estão Antônio Fagundes, Tony Ramos, Zezé Motta e Elias Gleizer, entre tantos outros.

O espaço, que mantém uma ativa agenda diária, é também palco de apresentações musicais, eventos institucionais e palestras, sempre com o objetivo de fomentar discussões em temas relevantes para a sociedade brasileira atual. No primeiro semestre de 2024, os espetáculos teatrais apresentados no Teatro do SESI-SP reuniram mais de 60 mil espectadores, enquanto os projetos de música (Quartas Musicais) e os encontros com pensadores e formadores de opinião (InteligênciaPontoCom) atraíram mais de 10 mil espectadores.

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centrocultural.fiesp.com.br/teatro60anos

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