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Pandemia, machismo e casamento são o mote de ‘Muito pelo Contrário’; veja mais opções de teatro

Comédia estrelada por Emílio Orciollo Netto, com texto de Antonio Prata, discute o papel do homem nos relacionamentos

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Foto do author Danilo Casaletti

Criança pequena, casa para administrar, relação para preservar e, lá fora, uma grave pandemia assustando o mundo. Muita gente passou por isso nos últimos dois anos e meio. A comédia Muito Pelo Contrário, do escritor Antonio Prata, retrata esse período. Mas, vai além: põe em discussão o papel de um homem dentro de um casamento, com um filho pequeno, que, ao se deparar com uma oportunidade de “pular a cerca”, começa a rever seus próprios valores.

“A peça fala de um comportamento masculino recorrente, enraizado no machismo. E não há mais espaço para esse tipo de atitude. É um momento de transformação do homem. Mas o texto não traz respostas, e sim possibilidades", diz o ator Emilio Orciollo Netto, que interpreta o personagem Pedro.

Emilio Orciolo Netto em 'Muito Pelo Contrário' Foto: Caio Galucci

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Em tempos em que discutir um tema como machismo virou questão política, Orciollo Netto diz que a peça não entra por esse caminho. “O mais importante é criar uma reflexão. Falamos de fidelidade, sexualidade, companheirismo, enfim, de relacionamento. E, numa pandemia, tudo fica com uma lente de contato. As emoções estão todas muito sentidas”.

Sozinho em cena, a direção é de Vilma Melo e Victor Garcia Peralta, o ator diz estar muito feliz em voltar aos palcos depois da pandemia e espera um país novo em termos de cultura, saúde e política. “O teatro está voltando. Os espetáculos estão com plateias lotadas. O público está sedento por cultura. E ele sabe o que é bom. Ninguém engana o público”, diz.

Estreia hoje (2). 6ª e sáb., 21h; dom., 18h. Teatro Unimed. Al. Santos, 2.159, Jardins. Ingressos: R$ 70/R$ 90. Até 9/10

Ninguém Dirá Que é Tarde Demais

Arlete Salles mostra que nunca é tarde para encontrar um amor Foto: Guga Melgar

Com Arlete Salles, a comédia Ninguém Dirá Que é Tarde Demais, com texto de Pedro Medina, traz a história de dois vizinhos de prédios diferentes que, por questões financeiras decorrentes da pandemia de covid, passam a viver em companhia de familiares. Em meio a uma rara saída à rua, eles se conhecem. Completam o elenco, dirigido por Amir Haddad, os atores Edwin Luisi, Alexandre Barbalho e o próprio Medina.

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Estreia hoje (2). 6ª, 21h; sáb. e dom., 19h. Teatro das Artes. Shopping Eldorado. Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros. R$ 50/R$ 100. Até 6/9.

Bibi, Uma Vida Musical

O musical Bibi, Uma Vida Musical volta em cartaz para celebrar os 100 de atriz e diretora Bibi Ferreira. Com texto de Artur Xexéo e Luanna Guimarães e direção geral de Tadeu Aguiar, o espetáculo tem Amanda Acosta como protagonista de uma história que relembra momentos marcantes do teatro nacional, como as peças Gota D'Água, Piaf e My Fair Lady.

Reestreia hoje (2). 5ª a sáb., 20h30; dom., 19h. Teatro Claro. Shopping Vila Olímpia. R. Olimpíadas, 360, Vila Olimpia. R$ 100/R$ 200. Até 11/9.

Labirinthos em Processo

A peça Labirinthos em Processo, da Cia Teatral Energós, aborda o mito do Minotauro em texto inédito do escritor João Anzanello Carrascoza. Por meio de um coro, o elenco dá voz às várias personagens do mito em uma produção que vai ser construída aos poucos, ao longo da temporada. A direção é de Leonardo Antunes.

Hoje (2) e sáb. (3), 21h; dom. (4), 19h. Teatro Paulo Eiró. Av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro. Grátis (retirar ingresso 1h antes).

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Canções de Roberta Campos

O musical Tempo Certo mostra a relação de um casal que vive em uma grande metrópole e tenta, por meio de um acordo inusitado, escapar da dor de uma paixão. O espetáculo é permeado por canções da compositora Roberta Campos, entre elas, De Janeiro a Janeiro e Minha Felicidade. O roteiro e direção são de Rafael Pucca.

Estreia sáb. (3). Sáb., 21h. dom., 19h. Teatro Viradalata. R. Apinajés, 1.387. Perdizes. R$ 50. Até 28/11.

Stand up

O comediante e ator Fábio Rabin encerra a temporada de seu espetáculo solo Tá Embaçado, no qual, com muito humor, fala sobre a rotina de sua família, abordando situações em que viveu ao lado da esposa e da filha. Rabin também abre espaço para o improviso ao ouvir os relatos do público presente na plateia.

4ª (7), 19h e 21h30. Teatro Bradesco. Shopping Bourbon. R. Palestra Itália, 500, Pompeia. R$ 80/R$ 120.

Teatro infantil

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No espetáculo infantojuvenil A Máquina do Mundo, do Núcleo Atômico, um pedaço de lixo espacial cai em um rio do bairro em que a menina Abeni mora. Ela, que anda perdendo uns parafusos, se questiona por que ela e o planeta estão de desmontando.Estreia sáb. (3). Sáb. e dom., 16h. Teatro Arthur Azevedo. Av. Paes de Barros, 955, Alto da Mooca. Grátis (retirar ingresso 1h antes). Até 25/9.

A Cor Que Ninguém Conhecia

Em um espetáculo criado para toda a família, A Cor Que Ninguém Conhecia, do Teatro Cartum, promove o diálogo entre a linguagem teatral e o universo do humor gráfico (histórias em quadrinhos, cartuns e caricaturas) para mostrar que o tirano Licurgo, que tenta fazer uma ordem na qual as cores não existem, é desafiado por uma cientista que vê uma rosa colorida nascer em seu jardim. O texto e a direção são de Toni D’Agostinho.

Estreia dom. (4). Dom., 15h e 17h. Sesc Pinheiros. Auditório. R. Paes Leme, 195, Pinheiros. R$ 7/R$ 24. Até 25/9.

Para assistir on-line

As peças O Torto Andar do Outro, Cia Pão Doce de Teatro, do Rio Grande do Norte, e CorpoCatimbó, do artista cearense Zé Viana Júnior, falam sobre cultura popular, como o cordel e as entidades encantadas.

Estreia dom. (4), 19h. Para assistir on-line aqui. Disponível até 25/9.

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Eri Johnson

Com histórias reais e fictícias, o ator Eri Johnson volta aos palcos de São Paulo com a peça Eri Pinta Johnson Borda, dirigida por Roberto Talma. Na peça, o ator relembra alguns de seus personagens e faz imitações. Estreia sáb. (3). Sáb., 21h30. Teatro Renaissance. Al. Santos, 2.233. Até 27/9. R$ 80; bit.ly/eripinta

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