“Superfantástico! No balão mágico! O mundo fica bem mais divertido”. Quem nunca cantou esses versos ou, até mesmo, leu esse início de texto no ritmo da música? O Balão Mágico, grupo formado por Simony, Tob, Mike e Jair Oliveira, marcou uma geração não apenas com as canções agitadas e “chicletes”, mas também com o programa de televisão que se tornou um marco na programação infantil. Agora, a história do Balão Mágico é revisitada com a série documental A Superfantástica História do Balão, exclusivo do Star+.
A série que estreou na quarta-feira, 12, tem um propósito firme: viajar na história do grupo, sem receios ou medos. Relembra não apenas momentos marcantes e públicos do grupo na televisão e nas apresentações musicais, mas também tem bastidores, desde amizades, inspirações e até algumas rixas.
“É uma história real, bonita, forte e de garra sobre um grupo que mudou o Brasil naquele momento, que revolucionou a indústria fonográfica e televisiva”, resume a diretora, Tatiana Issa, que também é o nome por trás de outra série documental recente, Pacto Brutal: O Assassinato de Daniela Perez.
Aproximação e permanência
Nos três primeiros episódios assistidos pelo Estadão é possível ver quatro momentos distintos:
- entrevistas individuais com cada um dos quatro membros do grupo;
- um papo coletivo entre eles, como já aconteceu em reuniões de Friends, Um Maluco no Pedaço ou Harry Potter, por exemplo;
- depoimentos de pessoas que foram impactadas pelo programa, como Lázaro Ramos;
- imagens de arquivo dos anos 1980.
É um resgate, mas também uma celebração. “Existe uma tendência no mundo, e inclusive no Brasil, de esquecer histórias importantes. Por isso temos o desejo de resgatar histórias que marcaram nossa sociedade e deixar isso registrado para fazer alguma coisa para um futuro melhor”, diz Tatiana.
“O Balão foi um grande fenômeno - e é até hoje, se você pensar na longevidade. Sempre tem algum momento em que alguém toca Superfantástico em uma festa, em uma rave, em uma balada. É uma história que mora no coração do brasileiro”.
Nesse mergulho, assim, tem de tudo:
- a forma que o show business encarava o trabalho de crianças,
- o impacto para os quatro de ver ginásios lotados apenas para assistir ao grupo,
- os discos emblemáticos
- e como a responsabilidade e o nível de fama começaram a afetá-los, deixando traumas até os dias de hoje – um relato verdadeiro e muito sentido de Tob, ali no segundo episódio da série, é tocante.
Issa conta que não teve problema em convencer o quarteto a participar da série: eles ficaram felizes e empolgados de finalmente contar a história do grupo. “Entraram no projeto com muita alegria, com muita vontade, para que a história seja contada até para os netos, para que eles saibam a história que eles viveram”, resume a diretora do seriado. “É uma história bonita. E é bonita justamente porque ainda permanece”
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