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BBB 24: Após uma semana, quem são os potenciais vilões e favoritos da edição? Leia análise

Primeiros dias foram regados a polêmicas de misoginia e jogo de dois brothers ressoa como um déjà vu de tudo que deu errado na edição de 2020; entenda

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Foto do author Bárbara Correa
Por Bárbara Correa (Estadão)
Atualização:

Já se passou uma semana (e dois dias) desde a estreia do BBB 24 e, finalmente, o telespectador pôde conhecer os 26 participantes. A história desta edição começou a ser traçada somente no terceiro dia de programa. E já adianto: a primeira semana foi um completo déjà vu de 2020.

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No dia 8, era papel do ao vivo nos introduzir aos novos personagens. Mas, a edição do reality não nos mostrou a apresentação clichê dos participantes na sala. No lugar, optou por nos desgastar com uma prova de resistência, em detrimento do tradicional— e querido– cooler, que normalmente era enviado pela produção para incentivar a integração.

A primeira prova, que durou 19 horas e foi vencida por Deniziane, ocupou um protagonismo desnecessário no enredo do segundo dia. A dinâmica de convivência passou a ser regida pelos efeitos da primeira formação do paredão.

Após o anúncio do elenco, todos os olhos estavam virados para Wanessa Camargo e Yasmin Brunet, as mais famosas. Vanessa Lopes possui um número grande de seguidores, mas, para quem não acompanha tanto o TikTok, o interesse maior era sua possível rivalidade com a modelo.

MC Bin Laden também era alvo de interesse e curiosidade, mas uma semana se passou e ele ainda não mostrou a que veio. Spoiler: Wanessa também não.

Primeiro paredão

Pois bem, Yasmin foi indicada ao primeiro paredão e, indignada, prometeu vilania e revanche. Nos dias que antecederam a eliminação, porém, a sister deixou morrer esse instinto de sangue nos olhos e, mesmo depois de escapar da eliminação, não entregou nada do que prometeu. Na verdade, como sempre, um pipoca foi o responsável por movimentar o jogo - uma pena que tenha sido através de polêmicas.

Com apenas quatro dias na casa, Maycon conseguiu colecionar motivos suficientes para ser o primeiro eliminado. Além das falas capacitistas sobre Vinícius Rodrigues na prova de resistência do programa -que, diga-se de passagem, tem muito o que melhorar no quesito acessibilidade -, o brother que veio para ser a “tia da merenda” se provou machista demais para sustentar esse honroso título, já que foi um dos muitos participantes que comentou sobre o corpo da modelo.

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Liderança de Rodriguinho

Um novo capítulo se iniciou na quinta-feira, 11. Rodriguinho venceu a prova do líder e, ao protagonizar mais momentos na edição, provou que era melhor que continuasse longe dos holofotes. O problema foram as incontáveis declarações extremamente polêmicas que seguem repercutindo aqui fora.

A partir do sábado, 13, o cantor, que já tinha motivos para ser um “vilão”, se mostrou paspalhão demais e estratégico de menos para esse cargo. Imagine a cena: quatro homens têm a brilhante ideia de opinar sobre o corpo de uma mulher enquanto são filmados por dezenas de câmeras.

Não vou me estender nas outras misoginias praticada por eles, mas fato é que Yasmin Brunet deixou de ser a potencial articuladora do jogo e passou a ser vítima simplesmente por ser bonita.

A falta de inteligência do cantor sobre o impacto da percepção do público no seu jogo ressoou como um déjà vu. Em 2020, dois homens se reuniram em uma espécie de “plano infalível” do Cebolinha. Petrix e Lucas planejaram seduzir Mari Gonzalez e “manchar sua imagem” fora da casa, já que ela tinha um relacionamento.

O tiro saiu pela culatra porque, além de serem descobertos, os dois se esqueceram que o público via tudo isso e, rapidamente, os eliminou. Ainda que não seja o mesmo caso, a alienação de Rodriguinho lembra a de seus antecessores e, se ele continuar assim, deve seguir os mesmos passos de Petrix e Lucas.

De olho no vilão

No entanto, Nizam tem se destacado, também negativamente, com um potencial maior de “vilão” da edição, já que ele também reproduziu comentários machistas no Vip, mas mostrou ser mais manipulador que o então líder.

Na mesma reunião em que Rodriguinho comentou sobre o corpo de Yasmin Brunet, Nizam disse que não acha Vanessa Lopes genuína. “E você sabe como é o chororô dela? É olhando para o espelho. Me fala como isso pode ser genuíno?”.

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Vanessa descobriu e isso chegou aos ouvidos de Alane, com quem Nizam começou a ter um affair na casa. Quando ele foi conversar com a camarote sobre o assunto, no domingo, 14, desconversou e, no fim, sobrou para Alane lidar com o ranço de Vanessa.

“Eu só falei que a Vanessa é f***. Acho difícil o trabalho dela. ‘Qual o treino dela? Se olhar no espelho, dançar’. Não é isso?”. Os dois se resolveram, mas a influenciadora se recusou a falar com Alane sobre o assunto.

O método escorregadio de Nizam lembra as estratégias questionáveis de Pyong Lee em 2020. Ele teve comportamentos problemáticos na época, incluindo assédio, mas se manteve por muito tempo no programa, sendo aliado, inclusive, de Marcela, sister que o público o acusou de ter assediado.

Potencial finalista?

Nesta segunda-feira, 15, ninguém brilhou mais que Beatriz no Sincerão, dinâmica idêntica ao Jogo da Discórdia dos anos anteriores. Ao responder críticas do líder atual, Lucas Henrique, a pipoca comprovou que o dom de render VT e memes, sendo autêntica, não só funciona, como garante o maior trunfo que pode levar um competidor para a final: a afeição do público.

Logo no anúncio de seu nome no programa, era possível prever que o carisma de Beatriz a levaria longe. A sister provou que tem muito o que mostrar ainda na disputa. Mas isso tudo não depende só dos telespectadores. Cabe à produção desacelerar, o quanto antes, as dinâmicas da semana, e deixar mais espaço para o desenvolvimento do arco narrativo dos participantes.

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