Irmãos Menendez: cineasta brasileira detalha bastidores de documentário

Lyle e Erick Menendez foram condenados a prisão perpétua pelo assassinato dos pais em 1996

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Por Redação

O documentário O Caso dos Irmãos Menendez estreou em outubro, após o sucesso da série de true crime Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais, de Ryan Murphy. As duas produções estão disponíveis no catálogo da Netflix.

Irmãos Menendez foram condenados a prisão perepétua pelo assassinato dos pais em 1996. Foto: Netflix via YouTube

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A cineasta brasileira Fernanda Schein é um dos nomes por trás do documentário e detalhou o processo de revisão da história dos irmãos Lyle e Erik. Em entrevista à CNN, ela explicou que foi escolhida para a produção pelo fato do caso não ser amplamente conhecido fora dos Estados Unidos.

“Apesar de não ser uma história muito conhecida na Califórnia, era algo muito particular daqui, então eu não conhecia e foi uma abordagem intencional da produção [...] Eles gostariam que a série fosse contada por um olhar não americano, porque foi algo saturado pela perspectiva deles”, disse.

Na opinião da brasileira, o caso ganhou notoriedade por causa das mudanças na sociedade. Lyle e Erik Menendez foram condenados pelo assassinato dos pais José e Kitty em 1996. No julgamento, os irmãos explicaram que sofriam abusos constantes e que executaram o crime para se proteger.

“Acredito que parte do sucesso do projeto é por despertar a discussão em relação a como cada pessoa reagiria ao abuso sexual, que agora está sendo provado e, na época, não foi considerado. Essa foi a parte mais interessante em participar, editar uma história que pode ter impacto no futuro”.

Ela ainda deu a sua opinião sobre o caso e disse acreditar que a sentença deve ser revista. Para Fernanda, os irmãos devem pagar pelo crime, mas não com prisão perpétua. “Não consideraram que o crime foi premeditado em consequência de uma série de abusos que os levaram a acreditar que estavam sob ameaça. Evoluímos como sociedade e isso deve ser revisto”, explicou.

A cineasta também disse que o projeto, seu primeiro documentário, a abalou psicologicamente. “Quando comecei, estava um pouco ansiosa, porque sou uma pessoa impressionada. Mas vi tanto propósito na história, que quis fazer isso. No início, mexe bastante conosco, mas depois ficamos um pouco dessensibilizados para o material físico que está na nossa frente.”

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