A primeira novela da carreira de Bruna Marquezine está no ar de novo. Sua estreia foi em Mulheres Apaixonadas, em 2003, na trama de Manoel Carlos. A produção voltou a ser exibida nesta segunda-feira, 29, no Vale a Pena Ver de Novo.
Bruna Marquezine era um dos maiores nomes da nova geração da TV Globo, mas a atriz escolheu não dedicar toda sua carreira à emissora. Com contrato de exclusividade com a empresa, ela se viu sem muitas oportunidades artísticas depois das diversas críticas que recebeu após interpretar sua primeira vilã, Catarina, em Deus Salve o Rei.
Em recente entrevista à revista Vogue, a estrela disse ser “extremamente grata a vitrine e aprendizados” que teve na casa, mas naquele momento estava “depositando na sua atuação a frustração com o formato em que estava trabalhando”.
No entanto, até alcançar reconhecimento e ser escolhida pela DC Comics para o novo filme de super-herói, Besouro Azul,, a atriz de 27 anos teve um longo caminho na televisão brasileira.
Após a estreia como a Salete, em 2005 Bruna esteve em América, com a personagem Maria Flor, uma deficiente visual que ajudava na conscientização e luta da classe.
Na sequência, em 2006, interpretou sua primeira Lurdinha, na obra de João Emanuel Carneiro, Cobras & Lagartos. Para o folhetim Desejo Proibido, de 2007, Marquezine fez a irmã mais nova das atrizes Camila Rodrigues e Fernanda Paes Leme.
Emplacando um papel atrás do outro, em 2008, aos 13 anos, fez Flor de Lys, na obra Negócio da China, onde também deu seu primeiro beijo nas telinhas.
“Nesse dia eu estava tranquila, mas o ator (Jui Huang) estava muito mais nervoso. Acho que ele estava tenso por ter que me dar um beijo com minha mãe assistindo. Mas eu não ficava treinando, porque eu já tinha beijado na vida real”, afirmou na época em entrevista ao programa Altas Horas.
Em 2010 esteve na obra Araguaia, como a personagem Terezinha de Jesus. Para a trama Aquele Beijo, em 2011, interpretou Beleza Maria Falcão, a Belezinha, uma aspirante a miss do Brasil. Porém, só foi em 2012, em Salve Jorge, obra de Glória Perez, que Bruna Marquezine conseguiu um papel de destaque: sua outra Lurdinha.
O papel abriu portas para que então ela emplacasse sua primeira protagonista no horário nobre, no folherim Em Família, de Manoel Carlos, em 2014.
Um fato curioso é que nessa novela a atriz carioca viveu a primeira fase da clássica personagem de Maneco, a Helena. No restante, Júlia Lemmertz seguiu com o papel. Inclusive, Júlia é filha de Lílian Lemmertz, intérprete da primeira Helena em 1981, em Baila Comigo.
Com espaço na emissora, em 2015 emplacou outra protagonista, na novela I Love Paraisópolis, com a personagem Marizete - e na época, recebeu críticas por um sotaque paulistano nem um pouco convincente.
Já em 2016, ela não esteve me nenhuma novela, mas sim na série Nada Será Como Antes, apresentando a jovem Beatriz dos Santos. Ao lado de Letícia Colin, as duas emplacaram um beijo lésbico.
Antes de encerrar seu contrato, sua última obra na emissora foi Deus Salve o Rei, em 2018, que gerou diversas polêmicas dentro e fora das telas. A primeira vilã de Bruna não saiu como o planejado - e ela mesmo já comentou.
“Foi [uma novela] delicada demais para mim. A personagem, minha primeira vilã, foi rejeitada pelo público porque era muito robótica”, recordou, revelando também que descobriu que a “produção metalizava ainda mais a sua voz” na edição, em entrevista à Vogue.
Após sua saída da Globo, foi possível ver Bruna Marquezine já na cancelada série da Netflix, Maldivas, e muito próximo no Star+, também na série Amor da Minha Vida - além do dia 18 agosto, nos cinemas, com Besouro Azul.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.