Para quem foi fisgado logo na 1.ª temporada, em 2016, a série Stranger Things virou um vício. Uma febre. A ponto de a história criada pelos Irmãos Duffer se tornar um dos grandes sucessos da Netflix. A proximidade da 3.ª temporada, que estreia na quinta, 4, já está movimentando as redes, sobretudo quando o assunto são teorias sobre o que os oito novos episódios reservam. Nas entrevistas, autores e elenco não puderam se aprofundar nos detalhes, para não dar spoilers. Assim, os fãs tiveram de se concentrar no material divulgado até agora para tentar decifrar os possíveis desdobramentos do que ficou em aberto na temporada anterior, exibida em 2017.
Stranger Things traz uma combinação de elementos que pode explicar o sucesso da série – que tem uma grande legião de fãs também no Brasil. A escolha certeira dos atores seria uma delas. Também sua trama de ficção científica e suspense. E o fato de ser situada nos anos 1980, e trazer várias referências da época, em cinema, música, moda e comportamento, que ativam a memória afetiva de quem viveu aquela década ou mesmo de gerações posteriores que tiveram contato com ela de alguma forma. Da trilha sonora marcada pelo tecladinho oitentista até cenas inspiradas em E.T., Os Goonies e Alien.
A exemplo das temporadas anteriores, a 3.ª fase de Stranger Things, série original da Netflix, que estreia na quinta, 4, chega envolta de mistérios sobre os novos rumos da trama. Afinal, os elementos-surpresa são a alma do negócio. No final da 2.ª temporada, Eleven (Millie Bobby Brown) usa seus poderes para fechar o portal para o Mundo Invertido e, aparentemente, a cidade de Hawkins, em Indiana, EUA, está salva do Monstro das Sombras. No entanto, o que o trailer final mostra é que o mal pode ter ficado trancado no mundo real.
Segundo teoria de fãs, a criatura que vai aterrorizar a cidadezinha será um novo monstro, criado a partir da transformação de algum personagem que já existe. Um indício disso seria a imagem dos ratos correndo na mesma direção durante o trailer. Ratos são conhecidos por carregar doenças e, ainda de acordo com os fãs, o novo vilão surgirá a partir de uma infecção, e não vindo do Mundo Invertido, como aconteceu na 1.ª temporada, com o temido Demogorgon, e na 2.ª temporada, com o Monstro das Sombras.
O delegado Jim Hopper (David Harbour) volta a ser uma figura importante. E, ao que tudo indica, o garoto Will não será poupado de novo – apesar dos pedidos dos fãs para que dessem uma trégua a ele. Interpretado por Noah Schnapp, Will integra a turma da qual fazem também parte Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten Matarazzo), Lucas (Caleb McLaughlin), Max (Sadie Sink) e Eleven. Ele já sofreu nas duas primeiras temporadas – na 1.ª, ficou desaparecido no Mundo Invertido, dimensão que existe em paralelo à nossa, e saiu de lá graças à sua mãe, Joyce (Winona Ryder).
O ano agora é 1985. É verão e a turma entra em férias. Um shopping foi aberto na cidade. Eles deixaram de ser crianças. Haverá um clima de romance no ar. “Eleven é uma ótima namorada. Ela gosta muito do Mike. Tem o papel protetor na relação, não só porque tem superpoderes, mas também porque passou muito tempo tendo de aprender a se proteger”, diz Millie, uma das revelações da série, em material da Netflix. Só para lembrar, Eleven e Mike se beijaram no Baile da Neve na temporada anterior.
Mas não existe mais rotina normal em Hawkins. E como a cidade deixou de ser pacata há tempos, novos mistérios, aventuras e sustos ainda estão por vir.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.