Análise | Aposentadoria de Raul Gil é mais um sinal da nova fase da TV brasileira

Apresentador é um dos poucos remanescentes dos anos 1970 e 1980 que ainda persiste aos fins de semana na televisão do Brasil

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Foto do author André Carlos Zorzi
Atualização:

Raul Gil anunciou sua aposentadoria neste domingo, 31, durante participação no Domingão Com Huck. Em princípio, diz ele, ao término deste ano. Aos 86 anos, o apresentador é mais um em uma leva de grandes nomes dos anos 1980, 1990 e 2000 que deixou a TV recentemente, assim como Silvio Santos, Gugu Liberato (neste caso, não por aposentadoria, mas por sua morte precoce) e Fausto Silva.

Se pensarmos nos fins de semana atualmente, há poucos nomes ‘das antigas’ à frente das principais atrações. Dos que estavam em atividade na década de 1980, temos Serginho Groisman (Globo) e João Kleber (RedeTV!).

Raul Gil recebeu homenagem de Luciano Huck no 'Domingão' deste domingo, 31 de março de 2024 Foto: Reprodução de 'Domingão Com Huck' (2024)/TV Globo

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Temos ainda, no entretenimento, nomes como Marcos Mion, Luciano Huck, Tadeu Schmidt e Ivete Sangalo na Globo. Na Record, Rodrigo Faro. Celso Portiolli, Eliana, Patrícia Abravanel, e, mais recentemente, Tirullipa, filho do humorista e deputado Tiririca, no SBT. Na Band, outro que segue os passos do pai, João Silva, filho de Faustão, além da turma do Perrengue. Na RedeTV!, Geraldo Luís e Marcelo de Carvalho.

É claro que o formato de cada programa não depende exclusivamente do apresentador - é possível produzir uma atração ‘batida’ com nomes novos, assim como uma aposta inovadora com profissionais mais conhecidos. Mas não deixa de ser simbólico.

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Assim como foi ao longo de boa parte da história, a renovação televisiva se dá aos poucos. Há nomes mais e menos experientes que dividem a grade horária das emissoras. Quanto à qualidade das atrações, algumas podem ter melhorado o conteúdo conforme o tempo foi passando, inclusive com substitutos cumprindo bem o seu papel em cada horário.

Mas pode ser, também - e especialmente para os saudosistas - que pareçam não ter mais tanta graça como antigamente. Felizmente, com o YouTube e acervo de streamings, boa parte deste passado ainda pode ser contemplado por diferentes gerações.

Análise por André Carlos Zorzi

Repórter de Cultura do Estadão.

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