Sandra Annenberg volta a ser repórter nos seus 50 anos de TV com ‘Globo Repórter Personalidades’

Apresentadora fala sobre a primeira edição do novo programa, que estreia nesta sexta, 11, e vai contar a história da atleta Rebeca Andrade. Sobre a ginasta, a jornalista ressalta sua ‘dedicação’ e ‘fé' - e o fato de ela cantar muito bem

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Foto do author Paula Bonelli
Atualização:

O Globo Repórter desta sexta-feira, 11, será completamente dedicado a explorar aspectos pouco conhecidos da vida de Rebeca Andrade. A apresentadora Sandra Annenberg abraçou a missão de fazer a reportagem que inaugura o selo Personalidades do programa jornalístico. Focado em pessoas que se destacam em suas áreas de atuação e no imaginário brasileiro, até o fim do ano, está previsto mais um Globo Repórter com esse selo.

Sandra Annenberg entrevista Rebeca Andrade para o primeiro Globo Repórter Personalidades Foto: Globo/Divulgação

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“Um aspecto que achei muito interessante é a fé que Rebeca possui. A família se reúne para cantar gospel, e aliás, a Rebeca é afinadíssima. Ela canta muito, é impressionante. É uma família numerosa que se apoia na religião para enfrentar as dificuldades”, conta Sandra.

Dona Rosa, mãe de Rebeca, trabalhava como empregada doméstica e criou sozinha oito filhos, contando com a ajuda mútua entre eles. No programa, o irmão mais velho, Emerson Andrade, relata que levava Rebeca aos treinos, atendendo ao pedido da mãe, pois ele não estava indo bem na escola. Com o tempo, passou a entender que estava contribuindo de forma importante para o desenvolvimento da irmã e da família.

“Rebeca tem isso muito claro. Se não fosse pelo sacrifício dos irmãos, ela não teria conseguido. No começo, Rebeca andava 10 quilômetros para ir e voltar do treino”, diz Sandra.

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A apresentadora esteve no ginásio em Guarulhos, onde a ginasta começou a treinar, e conversou com os primeiros técnicos dela. Também foi ao Rio de Janeiro para entrevistar Francisco Porath Neto, o Chico, o treinador da seleção brasileira na Olimpíada 2024 de Paris, além de colegas e ginastas como Flavinha Saraiva, Lorrane Oliveira e Jade Barbosa.

“Ela treina 8 horas por dia, com o corpo atuando no extremo. É alguém com foco extraordinário e concentração profunda. Ao mesmo tempo, Rebeca lida com uma pressão externa, pois todos esperam muito dela, e vamos mostrar esse lado”, afirma Sandra.

A possibilidade que Rebeca mencionou após a Olimpíada de se aposentar ou de não mais disputar a ginástica artística de solo, devido ao desgaste que o esporte impõe, também foi abordada. Ela declarou que não pretende encerrar a carreira.

Rebeca comentou que, se Chico, seu treinador, decidisse parar, ela também pararia, pois só consegue imaginar seu trabalho com ele. Sandra perguntou a Chico sobre seus planos de parar, e ele respondeu, de bate e pronto: ‘Então, ela vai ter que continuar por muito tempo ainda’. Tudo indica que Rebeca deve participar dos Jogos Mundiais de Los Angeles em 2028.

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Em Paris, Rebeca entrou para a história como a maior medalhista da história do Brasil. Foto: Wander Roberto/COB

Annenberg comemora cinco décadas na televisão

Rebeca começou a treinar ginástica olímpica aos 4 anos, enquanto Sandra Annenberg fez sua primeira aparição na televisão aos 6 anos - como atriz. Em 2024, ela completa 50 anos de carreira na TV. Guardadas as devidas proporções, Sandra também entende a importância da dedicação e da persistência no trabalho.

Tudo começou quando ela participou do teleteatro O Peixe Banana, da TV Cultura, em 1974, contracenando com Luis Gustavo (1934-2021), sob a direção de Fernando Faro. Desde então, Sandra não parou mais de trabalhar na TV.

“Eu queria fazer televisão, então trilhei vários caminhos”. Ela foi modelo de comerciais, atriz de novelas e séries até chegar ao jornalismo. “Na Globo, passei por todos os programas jornalísticos e telejornais. E quando digo todos, são todos mesmo”, finaliza.

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