Um só médico receitou 11 remédios que estavam entre os muitos ingeridos pela ex-coelhinha da Playboy Anna Nicole Smith no quarto do hotel Seminole Hard Rock, na Flórida, antes de sua morte, em 8 de fevereiro. De acordo com documentos divulgados na quarta-feira, 4, a maioria dos medicamentos estava endereçada ao companheiro da ex-modelo e também seu advogado, Howard K. Stern. Mais de 600 pílulas não estavam na receita, prescrita cinco semanas antes da morte de Anna Nicole, ainda que não esteja claro que ela tomou todas as pílulas, segundo informação obtida pela Associated Press através de uma solicitação de registros públicos. Joshua Perper, médico do condado de Broward, nos Estados Unidos, disse que ainda que as drogas legais tenham sido emitidas em nome de terceiros, elas eram enviadas para Anna Nicole. Uma investigação do Departamento de Polícia de Seminole coincidiu com a avaliação de Perper de que Anna Nicole, de 39 anos, morreu por ingerir uma grande dose acidental e que não houve nenhum crime. Perper diz ainda que oito das receitas foram feitas no nome de Howard K. Stern, dois no nome de Alex Katz, que pode ser algum conhecido de Anna Nicole e um destinado a uma amiga e psiquiatra da estrela, a médica Khristine Eroshevich. Khristine viajou com Anna Nicole Smith para a Flórida, onde esta morreu. O centro médico que examinou as receitas disse que Khristine autorizou Anna Nicole a tomar todos os medicamentos prescritos. A psiquiatra não quis comentar o caso. A morte de Anna Nicole Smith desencadeou polêmicas, entre elas a guarda de sua filha de 6 meses, Dannielynn. A criança pode futuramente ser dona de uma fortuna se os herdeiros da loira ganharem uma batalha legal que já dura uma década, para ficar com milhões de dólares do falecido marido de Anna Nicole, o magnata do petróleo J. Howard Marshall.
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