O Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) divulgou uma lista de aproximadamente 1.300 produtos chineses que devem ser tarifados pelo governo americano.
No comunicado, a administração de Donald Trump propõe um imposto adicional de 25% sobre US$ 50 bilhões em produtos importados da China, a menos que Pequim faça grandes concessões comerciais e de investimentos em breve.
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O representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, determinou que os atos, as políticas e as práticas do governo chinês relacionados à transferência de tecnologia, a propriedade intelectual e a inovação "não são razoáveis e restringem o comércio dos EUA".
Os Estados Unidos justificaram a imposição de tarifas às importações da China devido ao "dano estimado à economia" americana.
Em documento de 58 páginas, assinado pelo Escritório do Representante Comercial dos EUA, o governo americano diz que a imposição das tarifas são julgadas como apropriadas devido ao uso de "uma variedade de ferramentas, incluindo processos de aprovação administrativa opaca e discricionária, requisitos de joint venture, limitações de participações estrangeiras, aquisições e outros mecanismos para regular ou intervir nas operações das empresas dos EUA na China, a fim de exigir ou pressionar transferência de tecnologias e propriedade intelectual para empresas chinesas".
O governo dos Estados Unidos se utilizou ainda de um entendimento da Organização Mundial do Comércio (OMC) em relação à regulação sobre tecnologia para justificar a imposição das tarifas.
Com isso, o governo americano incluiu na lista produtos farmacêuticos, de aviação, semicondutores e até bens intermediários, como máquinas e produtos químicos, de acordo com o USTR.
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Máquinas de lavar louça e motocicletas também foram alvo das ações do governo Trump. Nenhuma das tarifas entra em vigor imediatamente, de acordo com a administração Trump. As empresas americanas têm até 22 de maio para levantar objeções à proposição das tarifas, com uma audiência pública sobre a questão marcada para 15 de maio.
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