A tecnologia 5G da telefonia celular estreia em São Paulo nesta quinta-feira, 4. A capital paulista será a quinta cidade do País a contar com a nova tecnologia de internet móvel. Para usar, é necessário estar na área de cobertura e possuir um aparelho e plano compatíveis com a rede da nova geração.
Veja abaixo como ativar a rede no seu celular e as principais dúvidas sobre a nova tecnologia.
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Como ativar o 5G no iPhone
Os modelos de celular da Apple que funcionam com as redes 5G são o iPhone 13, iPhone 12 e iPhone SE (3ª geração). Além disso, é necessário uma operadora e plano de celular compatível com a rede 5G.
Para confirmar que o 5G está ativado:
1. Acesse Ajustes > Celular > Opções de Dados Celulares.
2. Se em “Voz e dados” aparecer o 5G, o dispositivo está com a rede ativada. Se a opção não for exibida, tente clicar e mudar a rede.
3. Se mesmo assim o 5G não aparecer, entre em contato com a operadora para confirmar se seu plano é compatível com a rede.
4. O suporte da Apple sugere, ainda, ativar e desativar o modo avião e verificar novamente.
Se o celular estiver em uma área com cobertura da operadora e caso o plano celular 5G tenha sido ativado, será exibido um ícone da rede 5G na barra de status do iPhone.
Como ativar o 5G no Android
Antes de tentar ativar a rede, é interessante verificar se o software do dispositivo e os aplicativos estão atualizados para a versão mais recente.
Assim como na Apple, o uso do 5G está condicionado a um aparelho, área de cobertura e plano compatíveis com a rede da nova geração.
Caso esteja dentro de todos os requisitos, verifique se o 5G do seu telefone está habilitado.
1. Abra Configurações e selecione Conexões.
2. Selecione Rede Móvel.
3. Toque em Modo de rede e selecione a opção com conectividade 5G.
Verifique se o telefone mostra o indicador 5G na barra de status. Caso contrário, o 4G ou 3G estão sendo usados.
Vou precisar de um celular novo para usar o 5G?
Sim! Cada celular tem um componente específico para acessar a internet, chamado modem. Modems 5G estão começando a chegar aos celulares e alguns modelos já são vendidos no Brasil, com bastante variação de preços.
Atualmente, existem no Brasil cerca de 70 modelos de celulares capazes de rodar o 5G certificados e homologados pela Anatel. Até o fim do ano passado, eram apenas 40. A Samsung tem 25 modelos, dos mais básicos aos topo de linha, o que significa que os preços variam entre R$ 1,6 mil e mais de R$ 10 mil. A Motorola tem cerca de 14 modelos 5G, que são encontrados por preços entre R$ 1,6 mil a R$ 6 mil. Já os modelos da chinesa Xiaomi podem ser encontrados no varejo por preços a partir de R$ 1,9 mil. O modelo mais caro pode ser encontrado por cerca de R$ 10 mil.
As duas últimas gerações do iPhone, da Apple, também são compatíveis com o 5G. No site da marca, os modelos da geração iPhone 12 podem ser encontrados a partir de R$ 5,5 mil. Já o modelo mais caro de iPhone 13 sai por mais de R$ 10 mil. O mais novo aparelho da marca a ter suporte à tecnologia é o iPhone SE 2022, que sai a partir de R$ 4,2 mil.
Meu celular 4G continuará funcionando?
Sim! Fabio Lima, professor de engenharia de produção da FEI, explica que as redes 2G, 3G e 4G não deixarão de funcionar. “A rede 4G não vai ser desativada, assim como as redes anteriores não foram. Vai continuar funcionando”, afirma. “Você pode perceber que, quando acessamos o 4G, em alguns momentos, percebemos que a conexão migra para a rede 3G. Ou seja, ela continua ativa. O processo vai ser o mesmo com o 4G, que vai continuar ativo. Então quem não trocar de aparelho (por um 5G) vai continuar acessando o 4G normalmente”, explica.
A internet fixa será substituída com a chegada do 5G?
Não. A internet fixa, com cabos e rede Wi-Fi, vai continuar sendo a principal conexão para uma série de aplicações domésticas. “O Wi-Fi doméstico não vai desaparecer por conta do 5G. Será como funciona hoje, em que temos o 4G, mas também continuamos tendo o Wi-Fi para aplicações domésticas”, explica Lima, da FEI.
“Digamos que há solução certa para cada tipo de aplicação. As demandas domésticas, por exemplo, conectar um televisor a um serviço de streaming, são relativamente simples e são cobertas pela internet doméstica. O Wi-Fi vai continuar normalmente no ambiente doméstico para algumas aplicações. Mas o 5G, por causa da mobilidade e todas as características revolucionárias da rede, realmente vai ganhar um grande número de aplicações e de serviços”, completa.
Lima também diz haver a tendência que a conexão doméstica também evolua, por conta dos investimentos em infraestrutura para a implementação do 5G. “Como toda a infraestrutura de fibra óptica está sendo modificada, aumentada, revitalizada, isso também deve trazer algum benefício para o Wi-Fi que a gente já tem em casa”, declara.
O 5G será mais caro?
As operadoras ainda não divulgaram os valores dos planos, mas é provável que eles sejam mais caros e tenham limitação no consumo de dados. No começo do ano, o presidente da Tim, Pietro Labiola, afirmou que a companhia adotará estratégia similar ao do Uber, que oferece o serviço “Black” por valores mais altos. Por enquanto, as operadoras estão migrando os planos sem custo extra para a tecnologia 5G DSS, mas aumentos são esperados para os planos de 5G puro.
O que mais pode mudar com o 5G?
Além de trazer maior velocidade de conexão, a expectativa é de que o 5G ganhe diversas aplicações na indústria. Fábricas poderão usar a conexão mais veloz e estável do 5G para conectar diversos tipos de equipamentos para fazer uma gestão mais inteligente, automatizada e baseada em dados captados em tempo real.
“Temos um novo modelo de fábrica desenhado há alguns anos, chamado de indústria 4.0, em que há conectividade interna, em que os dispositivos dentro da fábrica são conectados e se comunicam entre si, e conectividade externa, em que essa fábrica precisa se conectar com o seu entorno”, diz Lima, da FEI. “Por exemplo, a fábrica deve estar conectada com o sistema logístico. E o 5G é crucial. O 5G era uma das tecnologias habilitadoras que estavam sendo esperadas há algum tempo, para alavancar a indústria 4.0 e atingir esse nível de sistemas produtivos”, afirma.
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