"Com a atualização do cadastro, podemos aumentar nossa capacidade estática, importante instrumento de fortalecimento da política de formação de estoques estratégicos de alimentos", diz o superintendente regional da Conab no Estado, Alfredo Sérgio Rios. O cadastramento é previsto em lei e obrigatório para todo o setor armazenador do País.
A atual capacidade estática do Brasil é de cerca de 135 milhões de toneladas - 80,7% dessa capacidade é para armazenar a granel -, para um volume de produção de aproximadamente 146 milhões de toneladas, segundo a Conab, e a proposta do censo é tentar diminuir essa diferença. "Mas vale lembrar que a safra brasileira não é toda colhida ao mesmo tempo. De qualquer forma, ainda faltam armazéns, sobretudo em áreas de fronteira agrícola", diz o gerente de Cadastro e Credenciamento de Armazéns da Conab, Ricardo Pires Thomé.
Depois de Mato Grosso do Sul, o censo passará por Minas, Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia. Em 2008 e 2009, o levantamento foi feito no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondônia, Roraima, Acre, Amazonas, Pará e Amapá. No ano que vem, o cronograma inclui Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Rio e Nordeste (com exceção do Maranhão e do Piauí).
O Brasil tem, hoje, 17.560 unidades armazenadoras - 74,56% são privadas, 21,09% são de cooperativas e 4,35% pertencem ao governo. O Estado de Mato Grosso possui a maior capacidade estática do País: são 2.100 unidades e capacidade para armazenar 26,5 milhões toneladas de grãos. Em segundo lugar vem o Paraná, com 3.500 unidades e capacidade para estocar 26 milhões de toneladas. Em terceiro lugar aparece o Rio Grande do Sul: são 4.300 unidades e capacidade para 23,5 milhões de toneladas.
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