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Selo de baixo carbono sinaliza busca por produção sustentável de soja

Programa criado pela Embrapa-Soja reconhece produtores rurais brasileiros que já vêm utilizando tecnologias sustentáveis

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Foto do author José Maria Tomazela
Atualização:

Dados da Embrapa-Soja mostram que a as operações mecanizadas com uso de diesel e o uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos nos sistemas de produção típicos geram cerca de 400 quilos de CO2– equivalente por tonelada de grão produzido. Com a adoção das práticas do programa Soja Baixo Carbono, a redução de emissões pode chegar a 50%.

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“Vale destacar que a soja brasileira, mesmo no sistema de produção modal, é mais sustentável que a de outros países. O selo de baixo carbono sinaliza a intenção do Brasil de melhorar ainda mais os aspectos de sustentabilidade”, disse o pesquisador da Embrapa Marco Antonio Nogueira.

O programa teve início em 2021 e foi concebido para ser uma iniciativa de inovação setorial, segundo o chefe-geral da Embrapa-Soja, Alexandre Nepomuceno. “Nossa proposta é reconhecer os produtores rurais brasileiros que já vêm utilizando as tecnologias sustentáveis, assim como ampliar a adoção de sistemas pautados pela sustentabilidade”, afirmou. Para ter a visão do mercado no programa, foram construídas parcerias público-privadas com elos da cadeia produtiva.

As empresas apoiadoras financiam a execução das ações necessárias para a construção e divulgação da marca do programa e do selo SBC. “Temos visto o desejo crescente por parte dos produtores em aprimorar manejos sustentáveis e tornar o agro parte da solução para os desafios climáticos”, disse Fábio Passos, diretor do negócio de Carbono da Bayer para a América Latina.

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Segundo o pesquisador Marco Antonio Nogueira, selo de baixo carbono visa melhorar ainda mais os aspectos de sustentabilidade da soja brasileira.  Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

A visão é compartilhada por Pamela Moreira, gerente de sustentabilidade América do Sul da Bunge. “Entendemos que a agricultura do futuro é de baixo carbono e queremos apoiar clientes e produtores nessa transição”, disse.

Letícia Kawanami, diretora de sustentabilidade da Cargill, elogiou a iniciativa. “Estar neste projeto junto a importantes players é essencial para elevarmos o setor a um novo patamar”, afirmou. Na mesma linha, Aquiles de Oliveira Dias, da Coamo, lembrou que a missão de produzir alimentos para o mundo deve ser combinada com o compromisso da preservação do planeta.

“Essa união de forças contribuirá para o aumento da produção brasileira, com benefícios para o País, para os agricultores e para a sociedade”, disse Rogério Melo, gerente de carbono e food value chain da UPL Brasil.

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