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AgroGalaxy fecha metade das lojas e faz centenas de demissões em nova fase da reestruturação

Distribuidora de insumos agrícolas está em recuperação judicial desde setembro; com os ajustes, a força de trabalho da companhia foi reduzida para 1.150 profissionais

Por Gabriel Azevedo

A AgroGalaxy, uma das maiores distribuidoras de insumos agrícolas do Brasil, anunciou o fechamento de lojas e a demissão de centenas de trabalhadores como parte de seu processo de reestruturação estratégica e operacional. A empresa, em recuperação judicial desde setembro, busca ajustar suas operações para enfrentar as adversidades econômicas que afetam o setor do agronegócio no País.

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De acordo com comunicado divulgado pela companhia nesta quarta-feira, 16, e informado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a AgroGalaxy passou a operar com 74 unidades, localizadas nas Regiões Sul, Sudeste, Cerrado Oeste e Cerrado Leste, áreas que apresentam “maior potencial de geração de caixa”. Antes da reestruturação, a empresa operava com 169 lojas e um quadro de 1,7 mil trabalhadores. Com as demissões e o fechamento de unidades, a força de trabalho da companhia foi reduzida para 1.150 profissionais.

As mudanças fazem parte de um esforço mais amplo da empresa para ajustar sua estrutura e otimizar os custos operacionais. Em fevereiro de 2024, a AgroGalaxy já havia fechado 19 lojas e eliminado 80 vagas em funções administrativas. Essa nova fase de reestruturação dá continuidade às medidas tomadas ao longo do ano, com foco na sobrevivência financeira da empresa em um ambiente de negócios desafiador.

Segundo o comunicado oficial, a companhia também revisou seu portfólio de produtos e serviços, ajustando o mix de vendas para “atender melhor às demandas do mercado e fortalecer a competitividade”. A AgroGalaxy afirmou que o atendimento aos clientes das regiões afetadas pelas mudanças será redirecionado para as unidades mais próximas, garantindo a continuidade dos serviços “com o mesmo padrão de qualidade”.

AgroGalaxy já havia fechado 19 lojas até fevereiro de 2024 Foto: Tiago Queiroz / Estadão

A reestruturação, segundo o comunicado assinado pelo novo CEO do AgroGalaxy, Eron Martins, visa otimizar custos e gerar sinergias operacionais, o que permitirá à empresa “gerar receitas suficientes para honrar compromissos com clientes, fornecedores, parceiros, credores, e os 1.150 colaboradores que permanecem na nova estrutura”.

A AgroGalaxy garantiu que o processo está sendo conduzido “com transparência e respeito”, assegurando os direitos trabalhistas dos colaboradores afetados.

O comunicado, enviado à CVM, destaca ainda que a companhia “reafirma seus compromissos de dar continuidade às suas operações, fornecimentos e serviços com excelência”, e que o mercado será mantido informado sobre os próximos passos de seu processo de recuperação judicial.

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A Agrogalaxy tem dívidas que somam mais de R$ 4,6 bilhões, englobando obrigações com bancos, fornecedores e funcionários.

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