São Paulo, 17/11/2024 - As empresas de maquininhas voltaram a colocar no radar possíveis aumentos nas taxas que cobram para antecipar recebíveis de cartão aos lojistas. O motivador é a alta da taxa Selic, que tem impacto direto sobre o custo que essas empresas têm para captar recursos que são aplicados nessas operações. Nesta semana, ao divulgar os balanços do terceiro trimestre, PagBank (ex-PagSeguro) e Stone, quarta e quinta maiores empresas do setor, afirmaram que a alta de juros será repassada aos produtos.
Em alguns casos, o repasse será automático, como nos contratos com empresas de maior porte, que são indexados pelo CDI. PagBank e Stone são as únicas empresas do setor com capital aberto em bolsa após a saída da Cielo da B3, em agosto. “Temos agido de forma proativa em continuar estabelecendo essa precificação bastante dinâmica, à medida que temos que responder a esse novo cenário macro e de juros”, disse a diretora de Estratégia e Marketing da Stone, Lia Matos. No PagBank, além de ajustes nos preços da antecipação, a alta da Selic deve mexer também com a remuneração dos certificados de depósito bancário (CDBs) emitidos pelo banco do grupo. “Estamos trabalhando em otimizar o valor que pagamentos nos CDBs, é importante trabalharmos nesse momento de crescimento de juros”, afirmou o diretor financeiro da empresa, Artur Schunck.
A última rodada de ajustes aconteceu entre 2021 e 2022, para repassar aos clientes o custo financeiro de uma Selic que saiu de 2% ao ano e chegou a 13,75%. No último ano, a taxa caiu, e chegou a um piso de 10,50%, mas voltou a subir. Hoje, está em 11,25%, mas parte do mercado projeta que pode chegar a 13% em 2025.
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