Amazon é investigada nos Estados Unidos por acidentes em armazéns

Segundo relatório, taxas de lesões nas instalações da empresa no país são 70% mais altas do que em locais similares; companhia nega problemas

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Por Redação

A Amazon será investigada pelo Congresso dos Estados Unidos por suas práticas de segurança em armazéns. O senador Bernie Sanders anunciou a investigação e chamou a empresa de um dos empregadores “mais perigosos” da América. As informações são da BBC.

Segundo ele, um relatório recente da Strategic Organizing Center, apoiado por sindicatos, constatou que as taxas de lesões nos armazéns da Amazon nos Estados Unidos são 70% mais altas do que em outras instalações similares de outras empresas.

A Amazon será investigada pelo Congresso dos Estados Unidos por suas práticas de segurança em armazéns  Foto: Rick Wilking/Reuters

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A Amazon discordou das alegações e afirmou ter investido mais de US$ 1 bilhão em melhorias de segurança desde 2019, além de ter reduzido as lesões nos Estados Unidos em 23% no período.

Em carta à Amazon notificando a empresa sobre a investigação, Sanders escreveu: “A busca da empresa por lucros a qualquer custo levou a ambientes físicos inseguros, pressão intensa para trabalhar em ritmos insustentáveis e atendimento médico inadequado para dezenas de milhares de trabalhadores da Amazon todos os anos.”

A iniciativa de Sanders também pode levar a uma audiência na qual a Amazon seja obrigada a prestar depoimento.

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Segundo a BBC, reguladores do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos também emitiram intimações contra a empresa devido às condições em seus armazéns, alertando para “riscos ergonômicos” relacionados ao ritmo com que os funcionários processam os pedidos. A Amazon recorreu.

Desde a pandemia, o tratamento da Amazon com seus trabalhadores tem chamado a atenção da sociedade, provocando paralisações, investigações regulatórias e um movimento de trabalhadores buscando a sindicalização em vários armazéns dos Estados Unidos.

Sanders já criticou a empresa por suas práticas fiscais e salarias. Segundo a empresa, a campanha influenciou sua decisão de aumentar o salário mínimo por hora para os trabalhadores nos Estados Unidos em 2018 para US$ 15 (R$ 72,68).

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