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Americanas tem quase R$ 700 milhões em imóveis e outras empresas do grupo, aponta laudo

Segundo avaliação da consultoria Apsis, companhia poderia levantar R$ 206 milhões se vendesse imóveis em ‘liquidação’; CEO prevê de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões com venda de marcas que pertencem à varejista

Foto do author Talita Nascimento
Atualização:

O plano de recuperação judicial da Americanas, entregue à Justiça na segunda-feira, 20, trouxe também laudos de viabilidade econômica da companhia e de avaliação de seus ativos. Nas contas da consultoria Apsis, que fez a avaliação dos ativos, a empresa tem R$ 307 milhões em imóveis, que podem valer R$ 206 milhões se vendidos em “liquidação”.

Citadas ainda como ativos que podem ser usados para levantar recursos para a empresa, as marcas do grupo sob o nome Americanas valem R$ 390 milhões, mas R$ 262 milhões se vendidas em liquidação.

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No Plano de Recuperação Judicial, a companhia afirma que “como forma de levantamento de recursos, as recuperandas poderão promover a alienação dos bens que integram o ativo permanente (não circulante) do Grupo Americanas”. Na lista, estão o hortifrúti Natural da Terra, a participação de 70% da empresa na Uni.co (dona das marcas Imaginarium e Puket), um jatinho modelo BEM-505 da Embraer e as marcas da companhia.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast na noite de segunda-feira, o novo CEO da companhia, Leonardo Coelho, disse que a empresa deve levantar de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões com a venda do hortifrúti, da participação da Uni.co e do jatinho. No plano, porém, fica a possibilidade de levantar recursos também com “outros bens, móveis ou imóveis, integrantes do seu ativo permanente, sob a forma de UPIs (Unidade Produtiva Isolada) ou não”.

Americanas revelou ter rombo bilionário em janeiro de 2023 Foto: PEDRO KIRILOS / Estadão Conteúdo 

Coelho afirmou, na ocasião, que o plano de recuperação judicial existe para garantir a operação da empresa, mas que, sim, pode haver fechamento de lojas e redução de Centros de Distribuição, ainda que esse não seja o direcionamento inicial.

“A operação tem de ser rentável e, hoje, precisa de ajustes para isso. O plano de transformação tem o potencial de recuperar a rentabilidade do nosso digital. Se não recuperar, terei de resolver de outro jeito. Carregar uma operação deficitária não é uma opção para um empresa em Recuperação Judicial”, afirmou.

Ele diz acreditar ter alavancas suficientes para não enveredar por um caminho de “detonar o digital 100%”, ou seja, acabar com a operação. Hoje, um dos maiores desafios da companhia é retomar a confiança do consumidor digital. As tentativas para isso envolvem preços atrativos e bom sortimento de produtos.

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