As centrais sindicais estão convocando para próxima sexta-feira, 3 de fevereiro, às 10 horas, na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, onde há uma grande loja da Americanas, uma manifestação para cobrar da empresa posicionamento em relação ao 45 mil funcionários da companhia. A Americanas entrou com pedido de recuperação judicial, depois de apresentar “inconsistências” contábeis de R$ 20 bilhões em seu balanço.
Nesta segunda, 30, pela manhã, as centrais sindicais e confederações que convocaram o ato – CNTC, CUT, Contracs-CUT, CTB, UGT, NCST-SP, Força Sindical, CSB – se reuniram com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em São Paulo, para discutir os impactos do caso Americanas no emprego.
Segundo Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, o ministro se comprometeu a convocar a empresa para uma reunião com representantes sindicais. “Marinho vai chamar a empresa, juntamente com as centrais, para fazer uma mesa redonda em Brasília”, disse o dirigente sindical. O encontro ainda não tem data marcada.
Patah disse que a intenção do ato convocado para sexta-feira é chamar a atenção da população para o tema. “É um ato político, queremos a manutenção dos empregos e das lojas que o consumidor continue comprando.” Depois do ato, sindicalistas têm reunião marcada com a direção da empresa, no Rio. Aliás, o presidente da UGT disse que a empresa informou que os salários de janeiro serão pagos normalmente.
Nova manifestação
Para a próxima semana, as centrais planejam outro ato em São Paulo, na frente do centro de distribuição da companhia, localizado em Osasco (SP). O evento ainda não tem data. Segundo Patah, São Paulo tem maior peso entre os Estados nas unidades da empresa. Das 1.793 lojas físicas das Americanas, o Estado de São Paulo tem 393, e metade dessas unidades fica na capital paulista.
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