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Americanas: trio de acionistas sobe proposta para R$ 10 bi, mas não chega a acordo com credores

Oferta anterior era de R$ 7 bilhões; empresa diz continuar buscando solução que permita a continuidade de suas atividades

Foto do author Talita Nascimento

A Americanas apresentou uma nova proposta para seus credores em reuniões realizadas entre segunda e terça-feira, 7. Parecida com a que havia sido feita em fevereiro, a nova oferta propõe um aporte de R$ 10 bilhões dos acionistas de referência da companhia, o trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Antes, a proposta era de R$ 7 bilhões. Em ambos os casos, o empréstimo de R$ 2 bilhões que os três decidiram fazer à empresa seria descontado do total. Os credores, porém, ainda não aceitaram.

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“A Companhia, assessorada pelo Rothschild & Co, apresentou nova proposta, com estrutura similar à anterior, mas tendo um suporte dos acionistas de referência a um aumento de capital em dinheiro, no valor de R$ 10 bilhões de reais, considerando o financiamento DIP (empréstimo) já aportado”, afirma a companhia em fato relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A empresa informa, porém, que não houve acordo com relação à proposta apresentada. “A Companhia espera continuar mantendo discussões construtivas com seus credores em busca de uma solução sustentada que permita a continuidade de suas atividades”, complementa.

Desde o início do caso Americanas, fontes próximas aos credores afirmam que R$ 15 bilhões seria o valor esperado de aporte por parte dos maiores acionistas Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Na última reunião, que não agradou os bancos credores, o Rothschild & Co, apresentou uma proposta que contemplava, principalmente, um aumento de capital em dinheiro, com suporte de Lemann, Telles e Sicupira, no valor de R$ 7 bilhões. Além disso, foi colocada na mesa a “recompra de dívida por parte da companhia da ordem de R$ 12 bilhões e a conversão de dívidas financeiras no montante total de cerca de R$ 18 bilhões de reais, parte em capital e parte em dívida subordinada”.

Desde o início do caso, fontes próximas aos credores afirmam que R$ 15 bilhões seria o valor esperado de aporte por parte do trio.

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