No dia 30 de novembro passado aconteceu a premiação dos vencedores deste ano do Prêmio de Inovação em Seguros da CNSEG (Confederação Nacional das Seguradoras). Criado para incentivar a inovação no setor e homenagear o grande segurador Antônio Carlos de Almeida Braga, o prêmio ano a ano vai se consolidando como o mais importante da atividade.
Nesta edição foram inscritos, nas diferentes modalidades contempladas, mais de 200 trabalhos, realizados por profissionais que lidam com o seguro, ou melhor, com a inovação na atividade, a maioria diretamente ligada às companhias seguradoras.
Eu faço parte do júri do prêmio desde sua primeira edição e, conversando com outros jurados, todos fomos de opinião que os trabalhos apresentados em 2023 superaram os das premiações anteriores, pela abordagem, maturidade, qualidade e profissionalismo. Aliás, nada que não tenha sido constatado nas outras edições, em que, a cada nova premiação, os trabalhos apresentados sempre superaram os dos anos anteriores.
Falar no Prêmio de Inovação em Seguros em 2023 é colocar na mesa um componente a mais. Foi neste ano que o setor lançou o Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros, um consistente projeto que tem por objetivo elevar a participação da atividade no PIB brasileiro, dos atuais 6% para 10%, com uma consequência importantíssima para o País: a elevação das contraprestações do setor (indenizações, pecúlios, sorteios e pagamentos) para o mesmo patamar do faturamento atual, 6% do PIB.
É um plano ousado, mas baseado em premissas reais que dão a certeza da possibilidade de sua realização integral, no prazo estipulado, apenas com o aumento da colocação de apólices de seguros já existentes.
A penetração do seguro na sociedade brasileira é muito baixa. A principal razão para isso é que mais de 100 milhões de cidadãos vivem com menos de dois salários mínimos por mês. Com menos de R$ 2.500 mensais não há como contratar seguro, exceto se forem desenhados produtos para este público.
Além disso, os novos desafios para a humanidade, começando pelas mudanças climáticas, passando pelas questões de saúde pública e terminando nas novas possibilidades de empreendedorismo, garantem o rápido desenvolvimento de seguros ainda inexistentes, mas indispensáveis para a garantia social e o desenvolvimento da humanidade.
Boa parte dos trabalhos inscritos no Prêmio de Inovação em Seguros levou estas premissas em consideração e apresentou soluções inovadoras, com resultados operacionalmente positivos, para uma série de desafios que fazem parte das rotinas do mercado.
E é isso que a CNSEG quer. Os desafios postos para a humanidade são impressionantes. O Brasil não está fora desta realidade e as seguradoras brasileiras têm a obrigação de garantir o desenvolvimento nacional. Por isso muito obrigado a todos que inscreveram seus trabalhos e parabéns aos vencedores e a todos que participaram desta edição do Prêmio de Inovação em Seguros. Com certeza vocês estão colaborando para um futuro mais harmônico e mais protegido para todos os brasileiros.
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