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Trump estabelece tarifa recíproca de 10% para o Brasil; veja em vídeo como foi o anúncio

Presidente americano anunciou nesta quarta-feira, 2, nova rodada de imposição de tarifas sobre importações, no que tem sido chamado de ‘Dia da Libertação’

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Redação
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Após semanas propagando o “Dia da Libertação’, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou nesta quarta-feira, 2, as chamadas tarifas recíprocas para todos os países. O anúncio, na Casa Branca, gera apreensão global e alimenta a expectativa de uma iminente guerra comercial de grandes proporções.

Para Trump, a implementação das tarifas é uma forma de recuperar a importância da indústria americana, criar novos empregos e reduzir o déficit comercial do país, de quase US$ 1 trilhão (R$ 5,7 trilhões) em 2024. Além disso, diz ele, a medida vai corrigir anos de comércio “injusto” em que os outros países têm roubado os Estados Unidos.

No mundo, a implementação das tarifas pode representar uma redução no crescimento global e até recessão em alguns países, a exemplo de México e Canadá, que são altamente dependentes do comércio americano. Para o Brasil, alguns produtos devem sofrer mais que outros. Trump já tinha anunciado no mês passado uma tarifa de 25% sobre todo aço e o alumínio que entra nos Estados Unidos, e isso tende a ter reflexo nas exportações brasileiras.

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19h3602/04/2025

Tarifas para China e Taiwan são ‘desconcertantes’ e devem pressionar ações de tecnologia, diz consultoria

As tarifas anunciadas para países como China e Taiwan são “desconcertantes” e devem pressionar as ações do setor de tecnologia, na visão da Wedbush, especializada em tecnologia. Os produtos chineses serão taxados em 34% enquanto os vindos de Taiwan sofrerão uma alíquota de 32%.

“As ações de tecnologia claramente estarão sob grande pressão com este anúncio devido às preocupações com a destruição da demanda, cadeias de suprimentos e, especialmente, as tarifas para a China e Taiwan”, diz o analista da Wedbush, Daniel Ives.

Ele classifica como “pior do que o pior cenário” que poderia vir do tarifaço de Trump. Ives lembra que a Apple produz basicamente todos os seus iPhones na China, enquanto a Nvidia e outras fabricantes de chips também têm exposição significativa às cadeias de suprimentos da China e de Taiwan. /Aline Bronzati

19h3202/04/2025

Tamanho das tarifas de Trump surpreende investidores e ações globais caem

Wall Street estremeceu quando o presidente Donald Trump anunciou tarifas abrangentes sobre países do mundo todo nesta quarta-feira, 2, com o governo revelando impostos mais altos sobre importações do que os investidores esperavam, pesando nos mercados ao redor do mundo.

Os futuros do S&P 500, que permitem que os investidores negociem o índice fora do horário normal de negociação, caíram 1,6%, enquanto os benchmarks de ações globais também ficaram sob pressão. Os futuros do índice japonês Nikkei 225 caíram 2% antes da abertura dos mercados asiáticos.

As quedas ocorreram após Trump listar as tarifas a serem cobradas sobre importações de diferentes países, incluindo um imposto de 34% sobre importações chinesas, 20% sobre produtos provenientes da União Europeia e uma tarifa de 24% sobre importações japonesas.

19h2502/04/2025

Inflação ao consumidor americano pode ter alta de 1% com tarifas, diz consultoria

Se todas as tarifas anunciadas nesta quarta-feira, 2, forem, de fato, implementadas, é possível que os preços básicos do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) americano tenham um aumento maior que 1%, além de estagnação, na avaliação da Pantheon. A consultoria cita que os anúncios do republicano foram muito maiores do que a maioria dos investidores esperava.

A Pantheon acredita que a política fiscal e monetária provavelmente será flexibilizada para compensar parte dos danos tarifários. “Pensamos que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) eventualmente reduzirá a taxa de fundos em mais do que teria feito sem as tarifas”, menciona ao considerar como caso base uma redução acumulada de 75 pontos em 2025, além de outro corte total de 75 pontos em 2026./Isabella Pugliese Vellani

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19h1402/04/2025

Casa Branca diz que se algum país retaliar, EUA podem aumentar taxas

Decreto impondo tarifas recíprocas sobre importações estabelece 5 de abril como data de início da vigência da tarifa geral mínima de 10%. Tarifas adicionais impostas a alguns países entrarão em vigor dia 9 de abril. “Caso algum parceiro comercial retalie contra os EUA em resposta a esta medida, seja por meio de tarifas sobre exportações americanas ou outras ações, posso aumentar ou expandir o escopo das tarifas impostas por esta ordem, a fim de garantir sua eficácia”, diz o texto assinado por Trump.

“Grandes e persistentes déficits anuais de bens dos EUA levaram ao esvaziamento de nossa base industrial”, diz. A ordem executiva cita disparidades tarifárias específicas, como a do etanol: “Brasil (18%) impõe tarifas mais altas que os EUA (2,5%)”, exemplifica. /Francine De Lorenzo, Isabella Pugliese Vellani e Pedro Lima

19h0802/04/2025

Tarifas podem elevar inflação por período maior que o esperado, diz diretora do Fed

A dirigente do Federal Reserve, Adriana Kugler, afirmou que “há fatores que podem levar tarifas a ter efeito prolongado na economia” dos EUA. Ela destacou que taxas como a do aço e alumínio importados “podem atingir de forma prolongada cadeias de produção” e elevar a inflação por um período maior do que o esperado.

Em evento promovido pela Princeton University, Adriana Kugler disse que “tarifas podem estar afetando expectativas de inflação de curto e longo prazos.” Por outro lado, ela destacou que, apesar das taxas, “não estamos em ambiente de estagflação” nos EUA. “Há mais riscos de alta da inflação e há riscos de desaceleração. Vou prestar atenção para a redução do ritmo (da atividade). Vamos ver como a economia responde.” /Ricardo Leopoldo

18h5602/04/2025

Produtos dentro do Acordo EUA, México e Canadá continuam com tarifa zero; itens que estejam fora terão taxa de 25%

Logo após o anúncio das tarifas recíprocas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a Casa Branca esclareceu que os produtos abrangidos pelo Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) continuarão isentos de tarifas. Já os itens fora do acordo estarão sujeitos a uma tarifa de 25%, enquanto energia e potássio terão uma taxa de 10%.

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18h5102/04/2025

‘Estamos aliviados; tarifa veio menor do que se imaginava’, diz presidente da AEB

A associação das empresas que realizam comércio exterior, seja com exportações ou importações, recebeu com alívio o anúncio de que o Brasil ficou no piso das tarifas recíprocas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Podemos dizer que estamos aliviados, porque, na verdade, o porcentual veio menor do que a gente imaginava, ainda que maior do que seria adequado”, comenta José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

Segundo Castro, diante das tarifas mais altas a concorrentes, é possível que o “tarifaço” de Trump melhore a competitividade dos produtos brasileiros no mercado americano.

Uma das possibilidades, avalia, é as matrizes dos Estados Unidos importarem mais de suas filiais do Brasil. Ele pondera, no entanto, que é preciso reduzir o custo de produção no Brasil para que isso se torne uma realidade para mais produtos da indústria de transformação, os manufaturados.

“Teoricamente ajuda (na competitividade), mas o problema não é lá, é aqui. Nosso Custo Brasil é muito alto, não temos preço competitivo.” /Eduardo Laguna

18h4702/04/2025

Para Fecomercio, medidas de Trump são lamentáveis, mas beneficiam inserção global brasileira

A taxação em 10% estipulada pelo presidente Donald Trump ao Brasil não deixa de ser lamentável do ponto de vista global, mas deve beneficiar a inserção global brasileira. A previsão é defendida pela Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) por meio de nota distribuída há pouco.

“Para o Brasil, porém, as notícias não são tão ruins já que muitas nações terão dificuldades em levar seus produtos aos EUA. O governo brasileiro deve se valer da conjuntura tarifária vinda dos Estados Unidos para assinar acordos bilaterais, diminuir tarifas e facilitar mecanismos aduaneiros”, entende a FecomercioSP.

A entidade avalia que o Brasil deveria aproveitar o momento para ampliar suas relações comerciais, sobretudo, no Japão, na China e na União Europeia. “Esse é o momento ideal para o Brasil reforçar sua participação nesses mercados”, reforça a nota. /Francisco Carlos de Assis

18h4202/04/2025

Real deve sofrer pouco com tarifas dos Estados Unidos, diz economista do Inter

O economista-sênior do Inter, André Valério, avalia que o real deve sofrer pouco com o choque tarifário anunciado nesta quarta-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O economista argumenta que o fato de o Brasil estar no piso da tarifa anunciada por Trump, de 10%, faz com que o impacto sobre a balança comercial seja pequeno.

Segundo ele, há chance até de o Brasil ganhar participação de mercado em suas exportações. “O efeito líquido das tarifas pode ser positivo, especialmente se houver retaliação por parte da China e da Europa. O Brasil tende a ganhar market share de suas exportações, à medida que essas regiões direcionem suas demandas para outro lugar, particularmente o agro, que sofre grande competição com o agro americano", afirmou.

Porém, a moeda brasileira está vulnerável ao que ocorrerá globalmente com o dólar. E a divisa dos EUA, por sua vez, responderá à forma como a atividade econômica americana vai se comportar ao tarifaço, argumenta Valério.

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18h0102/04/2025

Trump diz que países que desejam isenções têm de retirar suas tarifas

Ao anunciar as tarifas recíprocas na tarde desta quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que os países que desejam isenções devem retirar suas tarifas, reiterando que “tarifas recíprocas são tarifas bondosas”.

“Nunca tivemos uma transformação no nosso país como essa de agora, que já começou”. O republicano ainda disse que seus antecessores estavam errados sobre o Nafta e sobre a China e que tem respeito pelo líder chinês, Xi Jinping, e pelo país, “mas eles estavam se aproveitando de nós”.