Uma queda constante nas ações da Apple empurrou o seu valor de mercado para menos de US$ 2 trilhões (R$ 10,88 trilhões). Com isso, a empresa foi a última a ostentar essa avaliação e o “clube dos US$ 2 trilhões” foi extinto.
A Apple caiu até 4,2% na terça-feira, 3, com as preocupações sobre a oferta do iPhone aumentando. A queda levou o valor de mercado da Apple para US$ 1,98 trilhão (R$ 10,76 trilhões).
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Dezembro foi o pior mês da Apple desde maio de 2019, com uma queda de 12%, o que supera a queda de 9% do índice de ações Nasdaq 100, pesado em tecnologia, no mesmo período.
A ação da Apple passou grande parte do ano passado superando o índice S&P 500, mas tropeçou nas últimas semanas em meio a temores de que os problemas de produção do iPhone na China arruinassem as vendas de fim de ano, o período mais importante da empresa.
As quatro maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos perderam mais de US$ 3 trilhões (R$ 16,32 trilhões) em valor de mercado em 2022 em meio à alta da inflação e à desaceleração do crescimento das vendas durante a pandemia de Covid-19.
Exatamente um ano atrás, as ações da Apple subiram brevemente acima de US$ 3 trilhões em valor de mercado, quando o S&P 500 atingiu um recorde.
Covid na China
A Apple sofreu interrupções no fornecimento decorrentes dos bloqueios por conta da crise de Covid-19 na China. O parceiro de fabricação Foxconn Technology Group trouxe a maior fábrica de iPhone do mundo de volta para cerca de 90% da capacidade máxima prevista. O celular responde por cerca de metade receita da Apple.
A instalação de Zhengzhou, conhecida como a “Cidade do iPhone”, produz a grande maioria dos dispositivos iPhone 14 Pro e Pro Max de última geração. Em novembro, milhares de trabalhadores fugiram ou protestaram contra as regras extremas da Covid.
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