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Veja quais são os produtos brasileiros mais exportados para a Argentina

Nos últimos anos, país vizinhou perdeu relevância no comércio exterior com o Brasil. Entre janeiro e junho, respondeu por apenas 3,5% das vendas brasileiras

Foto do author Luiz Guilherme  Gerbelli
Atualização:

Pouca coisa mudou na pauta de exportação brasileira para a Argentina entre 1998 e 2024. Os dois produtos mais vendidos no primeiro semestre desses dois anos foram veículos de passageiros e partes e acessórios dos veículos automotivos.

Foi entre janeiro e junho de 1998 que os argentinos alcançaram a maior participação na pauta de exportação brasileira para o período. No primeiro semestre daquele ano, a Argentina respondeu por 13,1% das vendas do Brasil no comércio internacional.

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Esse cenário é bem diferente agora em 2024. A participação do país vizinho foi de apenas 3,5% nas exportações do Brasil no primeiro semestre. É o número mais baixo desde 1991.

Apesar da queda observada, a Argentina ainda é o terceiro principal parceiro comercial do Brasil. Mas viu a disparada da China nesse período - o gigante asiático se transformou num grande importador de produtos básicos brasileiros, como soja e minério de ferro - e os Estados Unidos permanecerem com uma boa participação na pauta brasileira.


Exportações despencaram

Neste ano, as exportações do Brasil para a Argentina despencaram 37,6% na comparação com 2023 e somaram US$ 5,9 bilhões.

A perda de relevância da Argentina na pauta brasileira pode ser explicada por dois motivos. O primeiro tem a ver com o menor embarque de soja brasileira quando comparado com o ano passado. Em 2023, os argentinos sofreram com uma quebra de safra e precisaram importar o produto do Brasil.

Economia da Argentina entrou em recessão técnica  Foto: Natacha Pisarenko/AP

E o segundo é explicado pelas medidas econômicas adotadas pelo governo de Javier Milei. Vencedor da eleição no fim do ano passado, o atual presidente argentino foi eleito com um discurso radical. Prometeu acabar com o Banco Central e dolarizar a economia. No poder, adotou uma série de medidas para tentar controlar a inflação e ajustar as contas públicas. O Produto Interno Bruto (PIB) despencou 5,1% no primeiro trimestre, colocando o país em recessão técnica.

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