Argentina: busca por dólares leva taxas de câmbio a novos recordes

Diferença entre a taxa de câmbio oficial nas transações e a moeda informal chegou ontem a 97,9%

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Por Redação
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O apetite da Argentina de adquirir altas quantias de dólares para proteger a economia nacional elevou os preços da moeda americana para um patamar recorde nesta quinta-feira, 3. Atualmente, a diferença entre a taxa de câmbio oficial nas transações e a moeda informal chegou a 97,9% — um novo recorde para o país, que tem adotado uma série de alterações em algumas cotações de dólar em uma tentativa de conter a saída da moeda estrangeira.

O preço de negociação do dólar no mercado informal, chamado popularmente de “dólar blue”, subiu para 14 pesos, chegando ao recorde de 574 pesos por unidade para venda no mercado de câmbio.

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A moeda americana também registrou alta de 1,50 peso nas negociações feitas no Banco Nación, empresa estatal em que as transações são restritas a US$ 200 por mês por pessoa física atreladas a condicionantes estabelecidos pela própria instituição. Com a alta, a moeda chegou a ser negociada a 290 pesos na instituição.

A tentativa de frear a saída da moeda do país também teve impacto direto no valor oficial do dólar no atacado, que também registrou alta nesta quinta-feira, chegando a ser negociado por 278,10 pesos.

O “dólar contado com liquidação”, usado na compra e venda de ativos nas bolsas de valores estrangeiras, também foi impactado com a alta, atingindo a máxima histórica de 577,87 pesos.

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Diferença entre a taxa de câmbio oficial nas transações e a moeda informal chegou a 97,9% nesta quinta-feira, 4  Foto: Reprodução/Envato Elements

Segundo analistas do mercado financeiro, a explicação para a sequência de altas é o maior apetite do país pela moeda americana nos dias que antecedem as eleições presidenciais argentinas, que acontecerão no próximo dia 13.

Especialistas destacam que esta é uma movimentação natural do mercado nas vésperas da eleição. No entanto, em meio a crise econômica vivida pelo país, o interesse pela moeda americana é impulsionado pela crescente incerteza econômica gerada pelos desequilíbrios macroeconômicos do país./EFE

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