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Arrecadação cresce 12,6% no ano e é recorde

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Por Redação

A arrecadação de impostos e contribuições federais cresceu 11,44 por cento em abril frente ao mesmo mês de 2007 e 12,56 por cento no acumulado do ano, marcando novos recordes, mostraram números da Receita Federal nesta quarta-feira. A divulgação dos dados ocorre em meio a discussões no governo para a recriação, com alíquota reduzida, da CPMF, tributo extinto pelo Senado em dezembro, para cobrir uma elevação de gastos com a Saúde prevista em emenda constitucional em tramitação no Congresso. Para a Receita, a escalada de receitas tem refletido o crescimento econômico e fatores atípicos, como o recolhimento de impostos pagos em atraso após disputas judiciais, e não pode ser dada como certa. "Parte do que estamos recolhendo advém de um novo patamar econômico", afirmou a jornalistas o coordenador-geral de Previsão e Análise da Receita, Raimundo Eloi de Carvalho. "Não dá para dizer que isso é algo permanente, que eu posso contar com isso para os meses seguintes", acrescentou, ao ser questionado se os números não indicariam que o governo poderia elevar os gastos com saúde sem criar novos tributos. As receitas federais somaram 59,75 bilhões de reais em abril, frente a 53,62 bilhões de reais em abril do ano passado em valores corrigidos pela inflação. Nos primeiros quatro meses do ano, a arrecadação foi de 223,23 bilhões de reais, maior valor já registrado no período e frente a 198,32 bilhões de reais no mesmo período de 2007. No mês passado, a recuperação de débitos em atraso pela Receita, somados às multas e juros, foi 1,245 bilhão de reais superior à de abril de 2007. Excluindo esses dois fatores, a arrecadação cresceu 9,4 por cento no mesmo período de comparação. As receitas do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido somados cresceram 17,5 por cento. Dez setores responderam por mais de 90 por cento desta elevação, com destaque para Atividades de serviços financeiros (+65 por cento), Veículos (+55,5 por cento) Comércio atacadista excluindo veículos (+18,3 por cento). Os dados são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). (Reportagem de Isabel Versiani)

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