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Auditores fiscais da Receita rejeitam proposta da Fazenda e decidem manter greve

Categoria pede o cumprimento de uma portaria que regulamentou o pagamento de um bônus de produtividade

Foto do author Amanda Pupo

BRASÍLIA - Os auditores fiscais da Receita Federal decidiram nesta quarta-feira, 4, dar continuidade à greve geral da categoria, iniciada em 20 de novembro. Segundo o Sindifisco Nacional (Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal), que organizou uma assembleia virtual, os auditores rejeitaram a proposta de pagamento de remuneração variável para este ano apresentada pelo Ministério da Fazenda em reunião no último dia 27.

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Na ocasião, afirma o Sindifisco, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, mantiveram a mesma oferta que já tinha sido rejeitada por 95% da categoria.

“A proposição do governo federal falta com o cumprimento integral do Plano de Aplicação do Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf) para o ano de 2024, aprovado pela Portaria MF 727/2023. A demanda está prevista na Lei 13.464, aprovada em 2017, e ainda carente de aplicação. O Fundaf, criado há mais de 40 anos, é usado para garantir a manutenção dos mecanismos arrecadatórios que viabilizam o orçamento público”, disse o sindicato em nota.

Os auditores pedem o cumprimento de uma portaria que regulamentou o pagamento de um bônus de produtividade para a categoria, mas que não estabeleceu os parâmetros para isso. Eles também alegam não haver espaço no orçamento de 2024 para esse pagamento.

Servidores da Receita Federal rejeitaram proposta salarial feita por Haddad e secretário responsável pelo órgão Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O pedido pela regulamentação do bônus de produtividade é pleito antigo da categoria. “A lei é de 2016 e não foi implementada porque faltava regulamentação. Veio o decreto, mas não se separou recurso no Orçamento para 2024. O ministro Haddad já se pronunciou publicamente no sentido de dizer que se trata de lei, e você pode concordar ou discordar dela, mas deve ser cumprida”, disse em novembro Isac Falcão, presidente do Sindifisco Nacional, a entidade que representa os auditores fiscais da Receita Federal.

Com a deliberação tomada nesta quarta-feira, a greve segue sem data para terminar e ocorre em todas as áreas da Receita Federal, respeitando o mínimo de 30% para o funcionamento dos serviços essenciais, afirmou a entidade.

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