China apresenta novo avião, que vai competir com Boeing e Airbus,

Fabricante chinesa planeja construir 150 aviões C919 por ano nos próximos cinco anos; aeronave foi projetada para transportar entre 158 a 168 passageiros

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Por Zen Soo
Atualização:

HONG KONG - O novo avião de passageiros chinês, construído localmente, fez sua estreia fora da China continental nesta quarta-feira, 13, com uma viagem de exibição a Hong Kong, onde a imprensa internacional o viu de perto pela primeira vez. O jato é a aposta da estatal Commercial Aircraft Company of China (Comac) para enfrentar a Airbus e a Boeing no mercado de aeronaves comerciais.

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O C919, que fez seu voo inaugural em maio, é crucial para os planos de Pequim de competir na aviação com rivais ocidentais e reduzir a dependência da China de tecnologia estrangeira.

A elegante aeronave de fuselagem estreita, em exibição no Aeroporto Internacional de Hong Kong, sobrevoará o porto Victoria Harbour, símbolo da cidade, no sábado, 16. Como precaução, o voo de drones e aviões de controle remoto, kits e lançamentos de balões serão restritos, disse o governo em um comunicado.

O executivo-chefe de Hong Kong, John Lee, elogiou o desenvolvimento do C919 e do modelo menor ARJ21, também da Comac, como “marcos importantes” no setor de aviação chinês. “O desenvolvimento bem-sucedido pela China de uma aeronave de passageiros de grande porte simboliza sua liderança no setor de fabricação de transportes”, disse Lee em uma cerimônia no aeroporto.

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C919 fez seu primeiro voo em maio Foto: Ding Ting/Xinhua via AP

O C919 e outra aeronave de fabricação chinesa, um ARJ21, ficarão em exposição no aeroporto internacional de Hong Kong até domingo, 17, e poderão ser visitados por autoridades e legisladores, representantes do setor de aviação e grupos de jovens, entre outros, informou.

A fabricante do C919 projetou muitas das peças do C919, mas alguns de seus principais componentes ainda são fornecidos pelo Ocidente, inclusive o motor.

O setor aeroespacial é visto como uma etapa importante no caminho traçado pelos líderes chineses para transformar o país em um criador de tecnologia lucrativa.

Mais recentemente, o foco se voltou para outros setores estrategicamente importantes, como chips de computador, energia renovável e inteligência artificial. Espera-se, entretanto, que a China se torne um dos maiores mercados de aeronaves do mundo nas próximas duas décadas.

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O avião comercial C919 esteve em desenvolvimento por 16 anos e recebeu a certificação em 2022. Ele tem um alcance máximo de cerca de 5.630 quilômetros (km) e foi projetado para transportar de 158 a 168 passageiros.

A Comac entregou seus primeiros ARJ21s em 2014. Uma aeronave menor, que pode acomodar de 78 a 90 passageiros, dependendo da configuração, com um alcance de até 3.700 quilômetros (2.300 milhas). Foi projetado para rivalizar com as aeronaves fabricadas pela Bombardier Inc., do Canadá, e pela Embraer, do Brasil.

O mercado de aviação da China vem crescendo rapidamente à medida que uma classe média em ascensão viaja mais a lazer e a negócios. A Comac planeja construir 150 aviões C919 por ano nos próximos cinco anos, de acordo com relatórios anteriores da mídia estatal chinesa. A empresa afirmou que tem centenas de pedidos, principalmente de companhias aéreas chinesas. (AP e AFP)

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA

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