BRASÍLIA - A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 2,837 bilhões em fevereiro. Isso significa que as exportações superaram as importações no mês passado.
De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 1º, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o saldo de fevereiro resulta de US$ 20,56 bilhões em exportações e US$ 17,723 bilhões em importações.
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No ano, o saldo comercial é positivo em US$ 5,446 bilhões. A média diária das exportações registrou em fevereiro queda de 7,7%, com retração de 5% em agropecuária, crescimento de 5,7% em Indústria da transformação e retração de 38,2% em produtos da indústria extrativa.
Já as importações caíram 0,9%, com alta de 3,5% em agropecuária, queda de 29,1% em indústria extrativa e alta de 2,1% em produtos da indústria da transformação, sempre na comparação pela média diária.
Queda de exportações
O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, afirmou que a redução das exportações registrada em fevereiro decorre mais pelo volume, mas também pelos preços.
Em relação aos bens agropecuários com queda de volume, Brandão destacou principalmente a soja. O volume exportado do produto caiu 12,5% em fevereiro.
“O embarque de soja está mais atrasado em relação ao embarque do ano passado por conta da safra. A safra aconteceu em um momento mais adiantado no ano”, disse Brandão, durante apresentação da Balança Comercial de fevereiro de 2023.
Brandão também afirmou que óleos brutos de petróleo registraram queda de 58,8% do volume exportado. Tais produtos, segundo ele, têm uma dinâmica diferente por serem muito voláteis. Em janeiro, por exemplo, houve alta e em fevereiro uma queda, segundo ele.
Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a taxação das exportações de óleo cru por quatro meses para compensar a reoneração parcial dos impostos federais sobre gasolina e álcool.
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