Banco do Brasil tem lucro de R$ 35,5 bilhões em 2023, alta de 11,4% em relação ao ano anterior

No quarto trimestre do ano passado, o banco teve lucro de R$ 9,4 bilhões, valor 4,8% maior do que no mesmo período de 2022; resultado foi impulsionado pela receita com operações que rendem juros

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Foto do author Matheus Piovesana

O Banco do Brasil registrou em 2023 um lucro líquido de R$ 35,562 bilhões, um crescimento de 11,4% em relação ao ano anterior. No quarto trimestre do ano passado, o banco teve um lucro líquido ajustado de R$ 9,442 bilhões, um aumento de 4,8% em relação ao mesmo período de 2022. Em relação ao terceiro trimestre de 2023, o resultado do banco subiu 7,5%, de acordo com balanço publicado nesta quinta-feira, 8.

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O resultado do BB foi impulsionado pelas margens, que equivalem à receita do banco com operações que rendem juros. Uma das alavancas do indicador foi o resultado do Banco Patagonia, controlado pelo banco na Argentina, que teve números mais altos diante do efeito da variação cambial sobre os títulos atrelados ao dólar, em um período de maxidesvalorização do peso argentino. Também houve efeito do crescimento da carteira de crédito do banco.

O banco conseguiu manter inadimplência abaixo dos principais pares do setor privado graças ao menor risco da carteira de crédito, que também cresceu acima da concorrência. Como resultado, observou forte ampliação das receitas.

O BB encerrou o trimestre com R$ 2,172 trilhões em ativos, um aumento de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado, mas uma baixa de 3,4% em três meses. O patrimônio líquido ficou em R$ 173,076 bilhões, alta de 5,5% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) foi a 22,5% no trimestre, queda de 0,4 ponto porcentual (p.p.) em base anual, mas uma alta de 1,2 p.p. em três meses. No ano consolidado, foi de 21,6%, alta de 0,4 p.p. em um ano.

Banco do Brasil teve alta nos lucros em 2023, ao comparar com 2022 Foto: Giovanni Nobile / Banco do Brasil

A carteira do BB cresceu 10,3% em um ano, para R$ 1,108 trilhão. As operações que mais cresceram foram as destinadas ao agronegócio, com alta de 14,7% no mesmo período. Cerca de um terço da carteira da instituição é destinada ao agronegócio, segmento que historicamente tem inadimplência mais baixa.

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A inadimplência da carteira em dezembro era de 2,9%, pelo critério de atrasos acima de 90 dias, alta de 0,3 ponto porcentual em um ano, e de 0,1 ponto em três meses. Entre os quatro maiores bancos listados do País, foi um dos mais baixos índices.

A margem financeira do banco, que mede o resultado com operações que rendem juros, foi de R$ 25,769 bilhões, crescimento de 20,1% em um ano puxada pela tesouraria, em que a alta foi de 168% em um ano, para R$ 5,608 bilhões. A margem com clientes foi de R$ 20,160 bilhões, 4,1% maior que no mesmo intervalo de 2022.

No trimestre, a receita do banco com serviços foi de R$ 8,744 bilhões, alta de 3,6% em um ano. O número foi impulsionado pela linha de operações de crédito, com alta de 11,8%, e que somou R$ 728 milhões no último trimestre do ano.

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