Banco Central: Entenda como será a sabatina do economista Gabriel Galípolo no Senado nesta terça

Indicado por Lula para a presidência do órgão precisará passar por duas votações para ter seu nome aprovado para assumir o órgão

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author Alvaro Gribel
Atualização:

BRASÍLIA - O economista Gabriel Galípolo deve passar por duas votações nesta terça-feira, 8, para ter o seu nome aprovado para a presidência do Banco Central. Em ambos os casos, as votações serão secretas e ele precisa ter a maioria simples para ser referendado.

PUBLICIDADE

Pela manhã, ele irá comparecer a partir das 10h na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, onde irá passar por uma sabatina com 27 senadores, incluindo o presidente do colegiado. Caso haja quórum máximo, portanto, ele precisará ser aprovado por pelo menos 14 senadores.

Em 2019, durante sabatina do atual presidente Roberto Campos Neto, senadores o questionaram por mais de cinco horas. Campos Neto teve o seu nome aprovado por unanimidade, com 26 votos, mas houve a ausência do então senador Fernando Collor de Mello, que não votou.

Indicado para a presidência do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, durante visitas a senadores, em agosto de 2024 Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A expectativa é de que Galípolo também seja aprovado com facilidade na comissão, para logo depois ter o seu nome levado ao plenário da Casa, onde ele precisará de maioria simples entre os 81 senadores.

Esta será a primeira sabatina após a aprovação da autonomia do Banco Central, em 2021. Galípolo já passou, contudo, por processo semelhante, no ano passado, quando foi indicado por Lula para a diretoria de Política Monetária.

Publicidade

Como já ocupa um posto de destaque no BC, e a prerrogativa de indicação é da Presidência da República, não são esperados problemas para aceitação do seu nome. Ainda assim, ele deve ser questionado por políticos da oposição sobre os riscos de ingerência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a política de definição da taxa básica de juros.

O economista deve tomar posse a partir de 1º de janeiro de 2025, para um mandato de quatro anos. Além dos últimos dois anos do governo Lula, ele permanecerá por mais dois anos qualquer que seja o vencedor das eleições de 2026. Esse mandato alternado foi idealizado pelo projeto de lei de autonomia do Banco, para diminuir o risco de decisões políticas do órgão.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.