Banco Central considera ‘solução caseira’ para substituir diretor de política monetária

O chefe do Departamento das Reservas Internacionais, Alan Mendes, tem sido considerado para substituir Bruno Serra

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Atualização:

BRASÍLIA - Diante das dificuldades enfrentadas pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para encontrar no mercado um nome que substitua Bruno Serra na diretoria de Política Monetária, uma solução caseira que tem sido considerada é o chefe do Departamento das Reservas Internacionais, Alan Mendes, apurou o Estadão/Broadcast.

Fachada do Banco Central do Brasil, no Setor Bancário Sul, em Brasília  Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Já na diretoria de Fiscalização, Paulo Souza deve ser reconduzido ao cargo, após cogitar não renovar o mandato por problemas de saúde. Os mandatos de Serra e Souza se encerram em 28 de fevereiro. Pela lei de autonomia, há possibilidade de renovação, mas o diretor de Política Monetária já sinalizou que não deve usar essa opção.

Para sua cadeira, alguns executivos de mercado foram sondados e demonstraram preocupações com a política fiscal e com a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de criticar a autonomia da instituição e o patamar da taxa de juros no País.

Entre os nomes de mercado, o economista Sandro Mazerino Sobral, atualmente diretor do Santander, é apontado como um dos cotados para o posto. O economista-chefe do UBS BB, Alexandre Ázara, também figura como um dos candidatos para a cadeira na Política Monetária. Mas, segundo fontes, não houve convites.

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Mendes, por sua vez, é respeitado entre os pares do BC no mercado e entende o funcionamento da Diretoria de Política Monetária e os desafios do cargo.

Segundo interlocutores, para a vaga de Serra, a ideia é que o presidente do BC e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conversem sobre a indicação. Conforme apurou o Estadão, o presidente do BC defende que a escolha seja em consenso, mas o governo quer um nome novo que possa começar a mudar a “cara” do Comitê de Política Monetária (Copom).

Já Souza, com a saúde restabelecida, deve ficar mais quatro anos no posto e não precisará ser sabatinado pelo Congresso. À frente da diretoria, ele liderou as mudanças no processo de supervisão e fiscalização, com o Comitê de Decisão de Processo Administrativo Sancionador (Copas) e a criação dos termos de compromisso.

Segundo interlocutores da equipe econômica e do BC, a diretoria de Fiscalização é historicamente ocupada por servidores de carreira e o nome de Souza não deve sofrer resistências no Ministério da Fazenda.

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