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BC aumenta para 57% chance de inflação estourar a meta em 2023, se confirmado, será 3º ano seguido

O BC ainda aumentou de 4,6% para 5% a estimativa de inflação para o ano que vem

BRASÍLIA - O Banco Central informou nesta quinta-feira, 15, que, em seu cenário de referência, a probabilidade de a inflação de 2023 ficar acima do teto da meta aumentou de 46% para 57% entre o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro e de dezembro, divulgado nesta quinta.

BC1 BSB DF 03 12 2021 NACIONAL BANCO CENTRAL DO BRASIL Fachada do Banco Central do Brasil, no Setor Bancario Sul, em Brasilia. FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADAO  

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O BC aumentou de 4,6% para 5% a estimativa de inflação para o ano que vem. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para o próximo ano é de 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

O cálculo da possibilidade de estouro tem como base a Selic variando conforme o Relatório de Mercado Focus e o câmbio atualizado com base na Paridade do Poder de Compra (PPC).

Já a probabilidade de a inflação ficar abaixo do piso da meta em 2023, de 1,75%, é de apenas 1%.

Caso se confirme a estimativa, será o terceiro ano seguido de estouro. Em 2021, a inflação somou mais de 10%, ultrapassando o teto. Em relação a 2022, a probabilidade de estouro do teto de 5% da meta é de 100%, contra 93% no RTI de setembro. Já a possibilidade de estouro do piso de 2% da meta é zero. O centro da meta é de 3,50%.

O horizonte relevante do Comitê de Política Monetária (Copom) atualmente considera os anos de 2023 e 2024. Mas, devido aos efeitos das desonerações tributárias sobre os combustíveis e as dúvidas quanto à duração dessa política, o BC tem preferido dar ênfase ao horizonte de 12 meses terminados no segundo trimestre de 2024.

2024 e 2025

Em 2024, a probabilidade de estouro do teto de 4,50% foi atualizada de 11% para 14%. Já de estouro do piso de 1,50% é de 14% - de 17% antes. O alvo central é de 3%.

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Para 2025, por sua vez, a probabilidade de estouro do teto de 4,50% é de 11% e de ficar aquém do piso de 1,50% é de 17%.

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