BC: maior uso de sistema de monitoramento poderia ter revelado rombo da Americanas aos bancos

Chefe de subunidade do Banco Central, Carlos Peroba diz que instituições financeiras e a própria empresa poderiam ter verificado inconsistência se uso do Sistema de Informações de Créditos fosse mais constante

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Foto do author Matheus Piovesana

O chefe de subunidade do Banco Central, Carlos Peroba, disse nesta segunda-feira, 13, que o monitoramento ao Sistema de Informações de Créditos (SCR) poderia mostrar as inconsistências entre o endividamento real da Americanas e o que a companhia informava em seus balanços. De acordo com ele, a própria empresa poderia fazer esse monitoramento.

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“Se o uso fosse mais constante, as instituições financeiras poderiam verificar uma inconsistência”, disse durante o G-Risc, evento sobre gerenciamento de riscos promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta segunda-feira.

Ainda de acordo com Peroba, as companhias também podem consultar sua situação bancária no sistema. “Os órgãos da administração da companhia também poderiam olhar para o SCR”, disse ele.

A Americanas entrou em recuperação judicial em janeiro após a gestão que havia recém-assumido detectar inconsistências que, depois, se comprovaria como fruto de fraudes contábeis. As fraudes foram cometidas, de acordo com investigações contratadas pela varejista, para mascarar o real endividamento da empresa.

Americanas teve rombo revelado pelo então presidente da companhia em janeiro de 2023  Foto: PEDRO KIRILOS / Estadão Conteúdo 

O SCR é um sistema do BC no qual os bancos registram as operações contratadas pelas empresas e pessoas físicas. Para Peroba, é uma fonte alternativa de informações sobre a empresa, mas que o balanço financeiro é a principal. Isso eleva, segundo ele, a importância das chamadas cartas de circularização, através das quais os bancos informam à auditoria as operações de crédito que a empresa contratou junto a eles.

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