“Precisamos de justiça em todo o mundo e farei o meu melhor para garantir que os Estados Unidos sigam o exemplo”, disse o senador americano, a jornalistas, após participar de uma reunião bilateral com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta tarde, em seu escritório.
Sanders disse que não será possível avançar nessa direção no curto prazo, mas que esse é um problema global e é preciso endereçá-lo. Também acusou a “ganância corporativa” pela elevada inflação nos Estados Unidos, mencionando os elevados lucros das empresas de alimentação e de petróleo.
“É difícil unir os países do mundo. Mas aplaudo a liderança do Brasil, a liderança do ministro, e é algo que temos que fazer”, afirmou.
Além de uma possível simpatia dos EUA, considerando a agenda do atual presidente Joe Biden, o Brasil também tem o apoio da França e alguns países europeus para o projeto de taxação de super-ricos.
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Na outra ponta, a Alemanha já se opôs ao movimento. “Não achamos que seja adequado”, disse o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, acrescentando que a atual tributação de renda é adequada.
Questionado sobre a oposição da Alemanha ao projeto, Haddad disse, ao lado de Sanders, que vai convencer o ministro alemão a apoiar o projeto de taxação dos super-ricos proposto pelo Brasil. Conforme o Estadão/Broadcast antecipou, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Japão também não teriam mostrado interesse em avançar no tema no momento.
O Brasil, que está na presidência do G20 neste ano, trabalha para obter apoio de outros países membros do Grupo, que reúne as maiores economias do mundo, para uma declaração conjunta sobre a taxação internacional de super-ricos na reunião de julho entre ministros de Finanças e banqueiros centrais.