Os provedores regionais de internet já começaram a executar a ordem de bloqueio dos cerca de 2.040 sites de apostas irregulares no País, mas esse trabalho só deverá ser concluído na semana que vem devido à complexidade técnica.
A previsão é do diretor da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), Basílio Perez. “Os bloqueios estão sendo executados. O problema é que é muita coisa. Uma estimativa razoável é de três a quatro dias pelo menos”, afirmou, em entrevista ao Estadão/Broadcast.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) começou a notificar, na quinta-feira, 10, as operadoras sobre a decisão da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda de impedir seus clientes de acessar o conteúdo de sites e aplicativos de bets irregulares.
Perez afirmou que o bloqueio das bets irregulares pelas operadoras é um trabalho que leva tempo, pois é feito de forma manual, com veto ao IP de cada uma, separadamente. O IP é um protocolo que identifica os dispositivos conectados na internet e permite comunicação entre si.
Por enquanto, a Abrint não tem balanço do quanto esse trabalhou já evoluiu. “As ordens de bloqueio foram chegando desde ontem para os provedores, que estão trabalhando nisso”, contou.
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Perez comentou ainda sobre a possibilidade de esse bloqueio ter alguns ‘furos’ caso os sites de apostas troquem de nome ou IP. Esse mesmo tipo de dificuldades já é vivenciado por conta das ordens de bloqueio de TVs piratas.
“Elas trocam de nomes toda hora. Bloqueamos uma vez, aí a mesma empresa aparece em outro domínio. É algo trabalhoso”, ponderou. “Nesse sentido, pode não ser um bloqueio totalmente efetivo”, disse o diretor da Abrint.
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