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Biden cobra punições ‘mais duras’ a executivos de bancos que entrarem em colapso

Em nota, presidente dos EUA defendeu ainda multas com o intuito de reduzir chances de que outros casos de quebra de instituições ocorram futuramente

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Por Redação

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exortou nesta sexta-feira, 17, o Congresso a fortalecer a capacidade de o governo federal responsabilizar a administração de bancos que entrem em colapso e sejam alvo de intervenção da Federal Deposit Insureance Corporation (FDIC).

A declaração vem depois da quebra do Silicon Valley Bank (SVB), “o banco das startups”, e do Signature Bank na semana passada. Além disso, um conjunto de 11 instituições se comprometeu a injetar até US$ 30 bilhões no First Republic Bank, que passa por problemas de liquidez.

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Em nota à imprensa, Biden defendeu punições “mais duras” a executivos de bancos, além de um aumento na autoridade da FDIC para multar as gerências do SVB e do Signature Bank, com o intuito de diminuir as chances de que outros casos semelhantes ocorram futuramente.

Ainda na sexta-feira, o Western Alliance Bancorp informou que registrou um “elevado” fluxo de retirada de depósitos na última segunda-feira, após a quebra do SVB. O movimento, segundo a própria instituição, já teria arrefecido, com queda “significativa” no volume de saques. O banco, que garantiu ter “forte” posição de caixa, informou ainda que a maior parte da fuga se concentrou nos setores de tecnologia e inovação.

Quebra do Silicon Valley Bank iniciou temores no mercado financeiro Foto: REBECCA NOBLE / AFP

Aperto no crédito

O economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), Robin Brooks, prevê que um forte aperto ao crédito “está por vir” nos Estados Unidos após a quebra do SVB e do Signature Bank, além de incertezas quanto ao First Republic Bank.

Em publicação no Twitter, Brooks comentou que os EUA estão “correndo para evitar uma profunda crise de crédito” devido ao fato de que os bancos regionais têm sido importantes credores nos setores imobiliários residenciais e comerciais./MATHEUS ZÚNIGA e MARIA LÍGIA BARROS, ESPECIAIS PARA O BROADCAST

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