Françoise Bettencourt Meyers, vice-presidente do conselho da L’Oréal, empresa francesa de cosméticos, passou nesta semana a ser a primeira mulher integrante do grupo de pessoas com fortuna maior que US$ 100 bilhões, segundo a Forbes. O patrimônio dela está avaliado em US$ 100,1 bilhões nesta sexta-feira, 7, segundo o ranking de bilionários em tempo real da revista.
Agora, Françoise aparece na 15ª posição entre os mais ricos do mundo, posição mais alta de uma mulher na lista. Ela também é a segunda francesa mais rica do mundo, ficando atrás apenas do empresário Bernard Arnault, do conglomerado de artigos de luxo LVMH, que é o 2º mais rico do mundo.
Herdeira de um império
Em maio deste ano, Françoise chegou a ocupar uma posição de destaque na lista dos 10 herdeiros mais ricos do mundo, com fortuna estimada em US$ 99,5 bilhões na época. Ela atua no conselho da L’Oreal desde 1997 e tornou-se a maior acionista da empresa após a morte da sua mãe, Liliane Bettencourt, que faleceu em 2017, aos 94 anos.
A L’Oréal foi fundada em 1909 pelo seu avô, Eugene Schueller, um químico que desenvolveu uma tintura de cabelo. Em 1957, quando Schueller faleceu, a empresa abriu o capital. Bettencourt Meyers e sua família possuem mais de um terço das ações da L’Oreal. Seus filhos, Jean-Victor Meyers e Nicolas Meyers, também integram a direção.
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Ela também preside a Tethys, empresa de participações de sua família. Seu marido, Jean-Pierre Meyers, é o diretor executivo.
Apesar da fortuna familiar, Bettencourt Meyers mantém uma vida discreta, evitando a vida social agitada de muitos dos ricos do mundo. Ela escreveu dois livros - um estudo em cinco volumes sobre a Bíblia e uma genealogia dos deuses gregos - e é conhecida por tocar piano por horas todos os dias.
Conflitos familiares
Bettencourt Meyers teve uma relação conflituosa com sua mãe e chegou a protagonizar uma batalha legal nos anos 2000. A disputa política familiar girava em torno da capacidade da mãe idosa de gerenciar a riqueza da família. A Netflix lançou um documentário em três partes, “L’Affaire Bettencourt”, relatando a saga que contou com gravações secretas feitas por um mordomo.
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