BNDES vai relançar cartão de crédito para micro, pequenas e médias empresas, diz Mercadante

Segundo presidente do banco, iniciativa deverá ser anunciada em até quatro meses; programa emergencial de crédito já liberou R$ 13 bilhões neste ano

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O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse nesta segunda-feira, 12, que espera retomar o cartão BNDES “no máximo em quatro meses”. De acordo com ele, haverá um modelo diferente, através do FGI-Peac, programa de concessão de crédito a micro, pequenas e médias empresas operacionalizado pelo banco.

“Eu espero voltar aqui logo para dizer que o cartão BNDES voltou”, afirmou durante seminário sobre a concessão de crédito do BNDES, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista. Após o seminário, Mercadante disse à imprensa que o plano é relançar o produtor em “três ou quatro meses”. “Vamos fazer em um modelo com o FGI-Peac”, disse ele, comentando que a mudança é importante para controlar a inadimplência.

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O cartão BNDES foi um dos produtos de crédito mais conhecidos do banco público de fomento, e permitia a compra de produtos e serviços credenciados por meio de uma linha pré-aprovada. O cartão era operacionalizado com repasse dos bancos, públicos e privados, como outras linhas oferecidas pelo BNDES.

Nas parcerias, Mercadante disse que o BNDES vai retomar o trabalho conjunto com o Banco do Brasil, após resolver problemas que impediam a parceria. “O BB pode ajudar muito a alavancar os nossos programas”, afirmou o presidente do banco de fomento. Segundo ele, o diretor financeiro e de crédito digital para MPMEs, Alexandre Abreu, ex-presidente do BB, tem ajudado nessa ponte.

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Aloizio Mercadante, presidente do Banco Central Foto: Tingshu Wang / POOL / AFP

Acesso ao crédito

Mercadante disse que o BNDES já fez concessões de R$ 13 bilhões no Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI-Peac) neste ano. O banco gere as garantias do programa, destinado a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), e repassado por meio de bancos comerciais.

Ele afirmou que o número mostra a aceleração do programa em sua gestão, após um quase “abandono” no ano passado. “A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) está muito interessada no fortalecimento do FGI-Peac”, disse ele.

De acordo com dados do banco de fomento, as concessões do FGI-Peac nas rodadas de 2022 e 2023 somam R$ 36,2 bilhões, com os maiores volumes em bancos privados: o Itaú tinha R$ 6,1 bilhões em operações no último dia 9, e o Santander, R$ 5,4 bilhões. A Caixa vinha a seguir, com R$ 4,7 bilhões.

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