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Boeing volta a ter problemas com avião 737 MAX

Aeronave havia recebido autorização para voltar a voar em novembro; dois modelos do MAX caíram em 2018 e 2019, matando 346 pessoas

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Foto do author Luciana Dyniewicz

Pouco mais de quatro meses após ter autorização das autoridades regulatórias americana e brasileira para voltar a voar, o avião 737 MAX, da Boeing, voltou a apresentar problemas técnicos. A fabricante de aeronaves orientou 16 companhias aéreas a não operarem o modelo.

Segundo informações da Boeing, o problema não seria em todas as unidades do MAX e a recomendação é que essas 16 empresas verifiquem se "existe espaço de aterramento suficiente (nas aeronaves) para um componente do sistema elétrico". A companhia não informou quantos aviões podem apresentar o problema, que seria de produção - e não de engenharia. 

Os Boeing 737 Max tiveram operação suspensa pelas agências de aviação em março de 2019, depois de dois aviões desse modelo terem caído, matando 346 pessoas. Foto: Matt McKnight/Reuters

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No Brasil, a Gol opera o MAX e um avião da frota da empresa está entre os que podem ter falha.  Nos EUA, a Southwest confirmou que 30 de suas 58 aeronaves do modelo receberam a notificação. 

Os 737 MAX ficaram sem operar no mundo todo por 20 meses após dois acidentes com o modelo matarem 346 pessoas. Após investigação, o Congresso americano concluiu que os acidentes foram resultado de falhas da Boeing e do Federal Aviation Administration (órgão dos EUA semelhante à Agência Nacional de Aviação Civil brasileira).

"Eles (os acidentes) foram o terrível resultado de uma série de suposições técnicas incorretas dos engenheiros da Boeing, uma falta de transparência por parte da administração da Boeing e uma supervisão grosseiramente insuficiente da FAA", afirmou o relatório do Comitê de Transporte e Infraestrutura da Câmara americana. 

Nesta sexta-feira, 9, a Boeing informou estar trabalhando "em estreita colaboração com a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) nesta questão de produção" e que está "informando especificamente nossos clientes impactados e forneceremos orientações sobre quais as medidas corretivas adequadas".

Em nota, a Gol afirmou que foi informada de que o problema está relacionado ao sistema elétrico e que suspendeu os voos da aeronave. "A Gol está em contato com a Boeing, aguardando instruções para a resolução do problema e somente retornará a aeronave afetada para o serviço após a certeza de que todas as ações corretivas tenham sido aplicadas e validadas pela fabricante, sempre em coordenação com as autoridades FAA e Anac."

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Ações

Após o anúncio de problemas técnicos em algumas aeronaves do 737 Max, a Boeing registrou queda de 1,02% em sua ações comercializadas na Bolsa de Nova York. Para uma fonte do setor aéreo, a retração relativamente baixa indica que o mercado aposta que o problema não será tão grave. Os papéis da fabricante americana de aeronaves encerraram o dia cotadas a US$ 252,36, o que significa um recuo de 26% na comparação com o período pré-pandemia. No pior momento, eles chegaram a ser comercializados a US$ 95.

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