Bolsa-caminhoneiro e bolsa-taxista: ministro diz que trabalhará para que programas sejam permanentes

Tornar os benefícios para caminhoneiros e taxistas permanentes depende da aprovação de lei no Congresso

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Foto do author Antonio Temóteo

BRASÍLIA - O ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, afirmou nesta segunda-feira, 15, que trabalhará para que os benefícios para caminhoneiros e taxistas se tornem uma política pública permanente. Pela lei vigente, os repasses dos dois benefícios acabam em dezembro.

“Eu não vejo problema dessa política se perpetuar. Não vejo que seja impossível disso acontecer. É claro que vai depender da situação econômica do Brasil e do mundo. Eu vejo com bons olhos que sigamos, assim como estamos fazendo no Auxílio Brasil, com essa distribuição de renda. O que depender de mim e do nosso presidente, pode ter certeza, vamos trabalhar para que esses benefícios se perpetuem sim”, disse.

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Tornar os benefícios para caminhoneiros e taxistas permanentes depende da aprovação de uma lei no Congresso Nacional. O governo destinou R$ 7,4 bilhões para o pagamento dessas parcelas até dezembro.

Até o momento, 190.861 caminhoneiros já receberam as duas primeiras parcelas de R$ 1 mil do benefício. Além disso, 245.213 motoristas de táxi receberão nesta terça-feira, 16, as duas primeiras parcelas de R$ 1 mil do benefício. Com esses pagamentos, o governo injetará R$ 490,4 milhões na economia.

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José Carlos Oliveira (à dir.) toma posse como m ministro do Trabalho e Previdência em março deste ano Foto: Gabriela Bilo/Estadão - 31.mar.2022

Nesta segunda, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertou sobre o risco da continuidade dos benefícios para além de 2022. “Então isso é sempre alguma coisa que nos aflige. O que hoje o mercado tem uma ansiedade em entender é como vai ser o fiscal do ano que vem. Se forem continuados, como vão ser financiados? Existe uma ansiedade se tem de ter uma compensação fiscal, e se vai vir junto com uma reforma tributária. E como vai ser uma politica tributária”, declarou.

Os dois candidatos à Presidência da República mais bem posicionados na corrida eleitoral deste ano, Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, prometem manter em R$ 600 o patamar mínimo para o Auxílio Brasil em 2023. Lula tem falado em terminar com o mecanismo do teto de gastos, mecanismo que limita o crescimento das despesas à inflação, enquanto a equipe econômica de Bolsonaro realiza estudos para uma meta atrelada à dívida pública.

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