Bolsa microscópica, ‘menor que um grão de sal’, é leiloada por mais de US$ 63 mil

Microbolsa foi criada pelo coletivo de arte MSCHF, famoso pelas Big Red Boots

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Por Redação
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Uma bolsa medindo 657 por 222 por 700 micrômetros, cujos detalhes só podem ser vistos por meio de um microscópio, foi leiloada na última terça-feira, 27, por US$ 63.750 (cerca de R$ 309 mil). A microbolsa foi criada pelo coletivo de arte MSCHF, famoso pelas Big Red Boots, botas vermelhas grandes e emborrachadas, inspiradas em desenho animado, que fizeram sucesso neste ano.

Bolsa microscópica do coletivo de arte MSCHF, cujos detalhes só podem ser vistos por meio de um microscópio.  Foto: MSCHF

De cor verde fluorescente, a bolsa microscópica foi produzida com resina pelo método de impressão 3D chamado polimerização de dois fótons. O leilão foi realizado pela Joopiter, plataforma fundada pelo cantor Pharrell Williams. A descrição do produto no site da plataforma afirma que, além da bolsa, o lote ainda conta com um estojo de gel e um microscópio.

O MSCHF afirma que a microbolsa é menor que um grão de sal e pequena o suficiente para passar pelo buraco de uma agulha. “Há bolsas grandes, bolsas normais e bolsas pequenas, mas esta é a palavra final na miniaturização de bolsas”, diz o coletivo. “À medida que um objeto outrora funcional, como uma bolsa, fica cada vez menor, seu status de objeto torna-se constantemente mais abstrato, até que seja puramente um significante de marca”, completa.

Big Red Boots, botas lançadas pelo MSCHF que fizeram sucesso neste ano.  Foto: Instagram/@mschfsneakers

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Em fotos divulgadas pelo MSCHF, é possível ver que, ao ser ampliada no microscópio, a microbolsa apresenta o logo da Louis Vuitton - embora não seja da famosa marca de luxo. Segundo o The New York Times, a obra do MSCHF foi inspirada no modelo OnTheGo da Louis Vuitton, mas não houve pedido de permissão para o uso da marca, o que estaria de acordo com o comportamento provocativo do coletivo, que comenta os absurdos da cultura do consumo por meio de paródia e controvérsia.

O jornal afirma que o MSCHF, fundado oficialmente em 2019, já foi processado por por marcas em outras ocasiões, fazendo um acordo em 2021 para encerrar um processo da Nike e enfrentando atualmente um processo da Vans.

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