Lula planeja ‘Bolsa Verde’ para família que cuidar do meio ambiente

Programa prevê o pagamento de R$ 300 a cada três meses a famílias que vivem em extrema pobreza em áreas de preservação

PUBLICIDADE

Publicidade
Foto do author André Borges
Atualização:

BRASÍLIA – O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai dar início, em 2023, a um novo programa de assistência social e ambiental. O “Bolsa Verde”, que será capitaneado pelo futuro Ministério do Meio Ambiente (MMA), prevê o pagamento de uma pequena quantia a famílias em situação de extrema pobreza e que vivam em áreas relevantes para preservação ambiental.

Pelas regras do programa, que chegou a funcionar durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e em parte da gestão de Michel Temer (MDB), o governo federal faz um pagamento de R$ 300 a cada três meses a essas famílias.

Ministério do Meio Ambiente, em Brasília; governo Lula vai ter incentivo a famílias que cuidarem do meio ambiente  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Ao receber a ajuda para garantir ao menos a sua subsistência com recursos básicos, elas se comprometem a cuidar da região onde vivem, a utilizar os recursos naturais locais de forma sustentável e a preservar a natureza, além de ajudar no trabalho de monitoramento e de proteção dessas áreas.

Orçamento

PUBLICIDADE

Os recursos para a iniciativa já estão previstos em R$ 200 milhões, no orçamento do Ministério do Meio Ambiente, e o programa é tido como uma das prioridades da pasta em 2023. Ainda é possível que o valor pago trimestralmente seja revisado.

O plano prevê que a iniciativa seja liderada pelo MMA, em parceria com Incra, que controla o cadastro rural, e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), que administra as unidades de conservação federais. A Secretaria de Patrimônio da União também deverá atuar como parceira do programa.

Em 2011, quando o Bolsa Verde esteve em operação e fez parte do chamado Brasil Sem Miséria, o governo chegou a ter cerca de 100 mil pessoas atendidas pelo programa.

A avaliação do governo é de que os fiscais ambientais do Ibama e do ICMBio, por mais numerosos que venham a ser, não têm condições de estarem em todos os locais do País ao mesmo tempo e que essas famílias acabam desempenhando um papel importante para apoiar a conservação e a proteção das florestas.

O critério de escolhas das famílias inclui exigências como estar registrada no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal, além de ser beneficiária do programa Bolsa Família e de ganhar até R$ 77 por pessoa da família, por mês.

Publicidade

O alvo são famílias que vivam próximas de áreas de conservação ambiental. Essas áreas deverão ser definidas pelo governo federal, conforme suas prioridades.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.