A crise nos bancos americanos, iniciada em março, já provocou a quebra de quatro instituições. A última delas foi o First Republic Bank, que teve a falência decretada nesta segunda-feira, 1º, e teve seus ativos comprados pelo JP Morgan Chase. A crise entre os bancos de médio porte americanos, porém, não parece que vai parar por aí.
Nesta terça-feira, 2, os temores de que novas instituições possam sucumbir às turbulências voltaram a derrubar as ações no mercado americano. Às 11h34 (de Brasília), o Metropolitan Bank despencava 20,26%, enquanto o PacWest recuava 34,51% e o Western Alliance, 26,13% - esses dois últimos tiveram negociações paralisadas diversas vezes ao longo do começo do pregão. Essas quedas se refletiam também nos índices das Bolsas: o Dow Jones caía 1,30%, o S&P 500 perdia 1,31% e o Nasdaq recuava 1,12%.
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A turbulência se reflete também em outros mercados. No Brasil, o Ibovespa, principal índice da B3, as perdas eram de mais de 2%. O dólar subia mais de 1%. Na Europa, as bolsas também fecharam em queda. A Bolsa de Londres recuou 1,23%, a de Frankfurt, 1,3%, e a de Paris, 1,55%.
Ontem, ao anunciar a compra dos ativos do First Republic, o presidente do JP Morgan, Jamie Dimon, disse ter esperança de que essa crise dos bancos regionais estivesse chegando ao fim. Segundo ele, bancos regionais que reportaram os resultados do primeiro trimestre nas últimas semanas “realmente apresentaram alguns resultados muito bons”, disse. “O sistema bancário americano é extraordinariamente sólido.”
No entanto, os empréstimos bancários provavelmente ainda sofrerão por um tempo após as quebras, disse o executivo.
As preocupações em relação aos bancos regionais nos EUA se intensificam também por conta dos juros americanos. Nesta quarta-feira o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) define os rumos dos juros, e a tendência é que haja um novo aumento, de 0,25 ponto porcentual.
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