Bovespa cai 3,15% no dia, mas fecha fevereiro com alta

A bolsa paulista, que subiu por 7 sessões consecutivas, desta vez não resistiu à pressão exercida por Nova York

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Por Reuters
Atualização:

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou a piora das bolsas internacionais e encerrou o pregão desta sexta-feira com forte queda, embora tenha fechado o mês com valorização. A queda foi de 3,15%, aos 63.670 pontos. O volume negociado somou quase R$ 6 bilhões. No acumulado de fevereiro, porém, o Ibovespa - que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa - subiu 6,72%.   Veja também: Dólar sobe no último dia, mas fecha o mês em queda de 3,86% Recessão nos EUA deve pegar todo ano de 2008  As grandes quedas e altas da Bovespa  A bolsa paulista, que subiu por sete sessões consecutivas, desta vez não resistiu à pressão exercida pela forte queda nos mercados emde Wall Street, diante da divulgação de resultados corporativos decepcionantes e de novos sinais de fraqueza da economia nos Estados Unidos. As ações da Petrobras e da Vale, as de maior peso na composição do Ibovespa, estiveram entre as que mais caíram. Segundo profissionais do mercado, os bons fundamentos da economia doméstica permitiram à bolsa paulista algum descolamento em relação ao mercados de Wall Street ao longo de fevereiro, mas a prolongada série de dados econômicos ruins dos EUA patrocinaram uma realização de lucros na última sessão do mês.   Mercado americano   Nesta sexta-feira, os destaque foram os péssimos balanços da Dell e da AIG e os indicadores econômicos fracos. Além disso, os comentários do banco UBS de que o setor financeiro pode perder US$ 600 bilhões com a crise também pesou sobre o humor dos investidores.   Alguns indicadores macroeconômicos negativos ainda aumentaram o pessimismo dos investidores com a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos.   O fato é que, depois do pessimismo de hoje, as apostas de um corte mais robusto na taxa básica de juros norte-americana cresceram. Os contratos futuros de abril elevaram de 28%, no fechamento de ontem, para 60% as chances de a taxa dos juros cair 0,75 ponto porcentual, para 2,25% ao ano, no encontro de 18 de março das autoridades monetárias. Os contratos mantêm os 100% de chance de a taxa ser reduzida em 0,50 ponto porcentual, para 2,50%.  

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