BB, Bradesco, Santander e Itaú aderem ao Desenrola, programa de renegociação de dívidas do governo

Banco do Brasil aguarda regulamentação para iniciar operacionalização e Caixa avalia os impactos operacionais e financeiros das medidas

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Por Redação
Atualização:

Os três maiores bancos privados - Bradesco, Itaú e Santander - e o Banco do Brasil confirmaram que vão aderir ao Desenrola, o programa de renegociação de dívidas do governo federal, lançado oficialmente na última terça-feira, dia 6. Já Caixa ainda não declarou adesão.

O Banco do Brasil informou, em comunicado, que apoiou o governo federal na concepção e modelagem do Programa Desenrola, em conjunto com as demais instituições financeiras, por meio da Febraban, entidade que representa os bancos. ”O Banco vai ampliar, sob o Desenrola, as soluções de renegociação de dívidas disponíveis a todos os nossos clientes.”

Banco do Brasil, presidido por Tarciana Medeiros, informa que aguarda regulamentação para aderir ao Desenrola Foto: Daniel Teixeira/ Estadão

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A Caixa informou, por meio de nota, que os impactos operacionais e financeiros da Medida Provisória nº 1.176, que regulamenta o programa estão em avaliação pelo banco.

De acordo com o comunicado, a Caixa “ participa ativamente de reuniões conjuntas com Febraban e Ministério, com o objetivo de contribuir para a construção de solução alinhada à premissa de atendimento qualificado aos clientes e ao planejamento estratégico desta instituição”.

70 milhões de inadimplentes

O programa Desenrola permitirá a participação dos bancos para a negociação das dívidas dos clientes e para a compra de débitos na plataforma que será aberta aos devedores.

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Devem ser beneficiados cerca de 30 milhões de CPFs (Cadastro de Pessoa Física) negativados. Hoje, existem no País mais de 70 milhões de inadimplentes, segundo dados da Serasa Experian.

O limite das dívidas é de R$ 5 mil na chamada faixa 1, que contará com garantia do Tesouro em caso de inadimplência. A iniciativa é voltada a pessoas com renda mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.640). O programa prevê que o nome de pessoas que devem até R$ 100 deixe de constar da lista de devedores de órgãos de proteção ao crédito.

Em uma segunda faixa, sem limite para o volume devido, não haverá garantia, mas o governo oferecerá incentivo regulatório aos bancos para que aumentem a oferta de crédito.


O Desenrola terá garantia, para as instituições que “comprarem” os débitos, a partir do Fundo Garantidor de Operações (FGO), o mesmo que garante o Pronampe. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na segunda-feira, 5, que o fundo tem R$ 10 bilhões disponíveis para o programa.

Em comunicado, assinado pelo seu presidente, Isaac Sidney, a Febraban, que representa os bancos, disse que o programa de renegociação de dívidas “está em linha” com as tratativas feitas nos últimos meses entre o governo federal e a entidade.

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“Quando entrar em operação, os bancos darão sua contribuição para que o Desenrola reduza o número de consumidores negativados e ajude milhões de cidadãos a diminuírem suas dívidas”, afirmou o executivo em comunicado.