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Brasil avança na discussão sobre eletrificação da frota

Especialistas apontam a medida como solução para a descarbonização e aposta para melhorar a experiência dos usuários do sistema de transporte público

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Por Enel X
3 min de leitura
“Para cada ônibus elétrico, com 259 km de autonomia, conseguimos reduzir 120 toneladas de CO2 na atmosfera em um ano”, afirmou Carlos Eduardo 

A discussão sobre as oportunidades da mudança de matriz energética no sistema brasileiro de transporte coletivo por ônibus foi o tema da live realizada em 15/06 pelo Estadão. Com o tema ‘Eletrificação no transporte público - As perspectivas e os caminhos para uma mobilidade urbana mais sustentável’, a discussão contou com a participação de Carlos Eduardo Cardoso, responsável por e-city da Enel X, braço de negócio da Enel voltado para inovação no setor energético, Jens Giersdorf, Management Head da Transformative Urban Mobility Initiative, a TUMI, uma iniciativa global para transformação da mobilidade urbana que tem participação da GIZ, empresa do governo alemão para cooperação técnica, entre outras entidades e companhias, e a mediação de Tião Oliveira, editor do Jornal do Carro.

Alguns dos impactos positivos da eletrificação, que está em estágio inicial no Brasil, foram destacados pelos participantes. “O grande benefício quando falamos desse tema é a melhoria da prestação do serviço com ônibus sem ruído e mais confortáveis, junto a uma melhor qualidade do ar e diminuição dos problemas de saúde da população. Para cada ônibus elétrico rodando na frota, com 259 km de autonomia, conseguimos reduzir 120 toneladas de CO2 na atmosfera em um ano”, afirma Carlos Eduardo.

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De acordo com o executivo, a Enel X, junto a diversos parceiros, tem iniciativas de eletrificação em curso em diversos locais, como em Curitiba (PR), onde há um chamamento público para demonstração de novas tecnologias, no Estado de Goiás, onde um edital está sendo reformulado, com 114 veículos elétricos; na cidade de São José dos Campos (SP), onde o município discute aumento da frota – que já possui 12 ônibus articulados operando – agregando mais 350 veículos, iniciativa que vem sendo discutida, entre outros exemplos. “Acreditamos que nos próximos 6 meses já veremos esses primeiros veículos elétricos começando a rodar”, comenta Carlos Eduardo.

Criação do modelo de negócios

Giersdorf falou sobre a comentou sobre a importância de criação de escala para a mudança de matriz energética no Brasil e do papel da iniciativa nesse sentido, mencionando o programa E-Bus Mission, da TUMI, que trabalha para que, até 2025, em torno de 100 mil ônibus elétricos sejam comprados ou estejam em licitação no mundo, por meio de uma rede de 400 cidades mentoradas, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Curitiba e Salvador. “Compartilhamos nossa experiência com a eletrificação em diversos países, oferecendo cooperação técnica e ajudando a desenvolver um modelo de negócios que sustente essa transformação”, explica.

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Em relação às diversas matrizes de geração de energia que o Brasil possui, o executivo da Enel X explica que o conceito para eletrificação do transporte público é trazer, sempre, fontes de energia renováveis em todo o processo, garantindo sua sustentabilidade e fomentando esse tipo de iniciativa limpa. “Nas garagens das empresas de ônibus, por exemplo, podemos colocar painéis solares para cargas administrativas”, explica, acrescentando que essa preocupação vai muito além da operação. “Em nossa operação em Bogotá, na Colômbia, fizemos na garagem captação de águas pluviais, usamos transformadores a seco na subestação, substituindo os tradicionais movidos a óleo, implementando projetos de reuso e destinação do segundo ciclo da bateria, entre outros recursos”, explica Carlos Eduardo.

Para o representante da TUMI, o Brasil está no caminho certo, mas é preciso acelerar o processo. “O País tem muito potencial, mas pode aproveitá-lo melhor. Os projetos estão se desenvolvendo aos poucos e é preciso aumentar a velocidade, pois as metas de redução de emissões já estão colocadas e a eletrificação é o caminho para atingí-las”, explica Giersdorf. “A conectividade possibilitada por esses veículos, dentro do conceito de cidades inteligentes, irá, também, representar enormes possibilidades de avanços no que diz respeito a comunicação com usuários e segurança. Será possível fazer o carregamento dentro dos ônibus, monitoramento em tempo real, paradas inteligentes com iluminação em led e a comunicação dos horários das linhas com os usuários”, finaliza Carlos Eduardo.

Assista a live na íntegra:

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