Os recentes movimentos de pressão contra a corrida para a eletrificação dos veículos na Europa e nos Estados Unidos colocam o Brasil numa posição mais confortável no processo de descarbonização na área de transporte. Até pouco tempo visto como atrasado por não optar pela produção de veículos elétricos em um primeiro momento, o País agora se mostra tranquilo por sua defesa, desde o início, de uma transição com carros híbridos.
Pesaram a favor do híbrido flex, o fato de o veículo poder ser abastecido com etanol, combustível renovável usado há mais de 40 anos no Brasil e cuja produção alavanca o setor agrícola. Por outro lado, o carro 100% elétrico trazia junto as discussões sobre reciclagem de baterias e necessidade de aumento de extração de matérias-primas, como lítio e alumínio.
Os maiores produtores mundiais de veículos, como China, EUA e Europa se definiram pelos veículos elétricos, por falta de outras opções para atender normas de descarbonização. No Brasil, oitavo maior na lista de fabricantes, a maioria das montadoras apoiou o híbrido flex. A decisão de priorizar esse tipo de carro também permitiu que as empresas mantivessem parte de seus parques fabris.
Assista neste videográfico da série Economia Verde, como cada tipo de veículo reduz as emissões do transporte urbano.
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