A empresa de energia Eneva e a Vibra Energia, ex-BR Distribuidora, negociam uma fusão que pode criar uma gigante da energia no Brasil. A proposta de fusão foi enviada pela Eneva na noite deste domingo, 26, segundo comunicado da empresa. Segundo a proposta, inicialmente válida por 15 dias, a companhia combinada seria a maior distribuidora de combustíveis do Brasil, a maior plataforma de geração termoelétrica e a terceira maior empresa listada de energia do Brasil com valor de mercado, potencialmente levando a um crescimento significativo da liquidez de ações, com a expectativa de que seja superior a R$ 300 milhões por dia.
A proposta contempla a incorporação de ações da sociedade Eneva pela Vibra ou outra estrutura a ser estabelecida de comum acordo pelas companhias, de forma que o conjunto de acionistas de cada companhia, ao término do processo, passe a deter 50% do total das ações da companhia combinada.
Na sexta-feira, o valor de mercado da Eneva era de R$ 20,7 bilhões, enquanto a Vibra estava avaliada em R$ 25,88 bilhões. Em comum entre os acionistas mais relevantes das duas companhias está o fundo Dynamo, que detém uma fatia de 10,77% na Eneva e de 10,28% na Vibra.
“A Eneva entende que uma fusão de iguais com Vibra representa uma oportunidade ímpar para as empresas e seus acionistas, tendo um sólido racional estratégico considerando, inclusive, a complementaridade dos negócios das companhias , e, se efetivada, poderá implicar em ganhos significativos de eficiência e de alocação de capital”, diz a companhia.
Ainda segundo a Eneva, será proposta uma estrutura de governança robusta e equilibrada, com contribuições de lado a lado, de forma que a estrutura corporativa e administrativa da companhia combinada garanta a adequada integração das atividades da Eneva e da Vibra, a maximização das sinergias, a valorização dos colaboradores e o melhor aproveitamento das forças e dos talentos das companhias, resultando em uma “empresa vitoriosa”.
A companhia também ressalta que, até o momento, inexiste qualquer acordo assinado relativo à operação proposta. Além disso, a potencial operação com a Vibra não implicará em direito de recesso para os acionistas da Eneva, caso seja implementada nos termos da proposta.
Ainda segundo a proposta, o BTG Pactual, principal acionista da Eneva (22,02%, segundo informação no site da companhia) comunicou ao conselho de administração da empresa de energia que, caso a combinação de negócios nos termos previstos seja bem-sucedida, possui a intenção de concentrar seus investimentos em geração de energia na companhia combinada.
Ainda segundo a Eneva, será proposta uma estrutura de governança robusta e equilibrada, com contribuições de lado a lado, de forma que a estrutura corporativa e administrativa da companhia combinada garanta a adequada integração das atividades da Eneva e da Vibra, a maximização das sinergias, a valorização dos colaboradores e o melhor aproveitamento das forças e dos talentos das companhias, resultando em uma “empresa vitoriosa”.
A companhia também ressalta que, até o momento, inexiste qualquer acordo assinado relativo à operação proposta. Além disso, a potencial operação com a Vibra não implicará em direito de recesso para os acionistas da Eneva, caso seja implementada nos termos da proposta.
Ainda segundo a proposta, o BTG Pactual, principal acionista da Eneva (22,02%, segundo informação no site da companhia) comunicou ao conselho de administração da empresa de energia que, caso a combinação de negócios nos termos previstos seja bem-sucedida, possui a intenção de concentrar seus investimentos em geração de energia na companhia combinada.
“Desta forma, uma vez concluída a combinação de negócios, o BTG Pactual tem a intenção de ofertar seu portfólio de ativos de geração térmica, para ser potencialmente incorporado pela companhia combinada”, diz a Eneva.
Sinergias e desafios
O Citi avalia que uma potencial fusão entre a Eneva e a Vibra Energia teria “sinergias claras”, em especial a verticalização dos negócios, mas desafios, como o ângulo ESG e a construção de um consenso sobre os méritos operacionais e de crescimento da incorporação para os acionistas da Vibra. Aos olhos da Eneva, a redução da alavancagem (que poderia acelerar o crescimento) e a verticalização dos negócios seriam os “méritos mais óbvios da potencial fusão”, segundo os analistas Antonio Junqueira, Gabriel Barra, Guilherme Bosso, e Andrés Cardona.
Já para Vibra, os analistas apontam que a verticalização seria a sinergia mais clara, seguindo a mesma estratégia seguida pela gestão anterior da Comerc: ser um balcão único de energia para a demanda B2B. O Citi avalia que a Eneva também pode estar vendo a Vibra como uma boa forma de atrair clientes para as grandes reservas de gás da empresa.
“Em 2017, quando a Eneva fez um novo IPO, o seu principal desafio era encontrar mais gás para os seus contratos existentes. Agora, o desafio é o oposto; tem de encontrar procura para a quantidade de gás que descobriu com sucesso. E Vibra pode desempenhar um papel importante”, afirma.
Em relação aos desafios, o Citi destaca o ângulo ESG, já que a Vibra adquiriu uma grande plataforma renovável para melhorar o portfólio verde da empresa. Isso poderia ser resolvido, segundo analistas, a partir do comprometimento de desinvestir nas duas usinas a carvão (idealmente após estender os contratos das usinas com o Sistema Elétrico Integrado Nacional do Brasil).
Outro desafio fica para a construção de um consenso sobre os méritos operacionais e de crescimento da incorporação para os acionistas da Vibra, que provavelmente será o foco dos proponentes nas próximas semanas. “Muitos dos acionistas da Vibra parecem felizes em esperar que os dividendos da empresa cresçam. Uma eventual fusão com a Eneva significaria trocar o conforto dos dividendos de curto prazo pelas oportunidades (e riscos) de alocação de capital”, avalia o Citi.
O banco diz ainda que tanto a Eneva quanto a Vibra são formalmente consideradas sociedades anônimas, mas que a Eneva possui uma base acionária mais ativa (com participação de 27,4% do BTG e 19,7% da Cambuhy).
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